tag:blogger.com,1999:blog-87408897776696442602024-03-13T13:18:42.335-07:00DE OLHO NAS EMPRESASolhonasempresashttp://www.blogger.com/profile/16523567805719772244noreply@blogger.comBlogger16125tag:blogger.com,1999:blog-8740889777669644260.post-55794007057379639862009-10-15T11:30:00.000-07:002009-10-15T11:42:33.178-07:00Cutrale: Grilagem de terras, conflito agrário e violações econômicas<div align="justify"><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;color:#000000;">Nas últimas semanas temos assistido e lido sobre a ocupação do MST de terras da "Cutrale" e a derrubada de pés de laranjas plantados pela empresa nessas terras. Fato ignorado na cobertura jornalístcia é que a empresa Cutrale tem um péssimo histórico e esteve envolvida em vários problemas. As terras em questão pertecem a União e foram griladas, isto é ilegalmente tomadas , e há vários processos na justiça com relação a sua retomada. Além disto a empresa já havia se envolvido anteriormente em conflitos com o MST e também esta envolvido em investigações sobre crimes econômicos. </span></div><span style="font-family:verdana;font-size:180%;color:#cc0000;"><strong></strong></span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:180%;color:#cc0000;"><strong>Transnacional exerce monopólio no mercado brasileiro<br /></strong></span><a style="COLOR: rgb(119,146,159); BACKGROUND-COLOR: transparent" href="http://www.brasildefato.com.br/v01/author/michelle"></a><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><strong><em>Cutrale é alvo de cinco processos no Cade e seus proprietários são réus em processos por formação de cartel e posse ilegal de armas</em></strong></span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><br />15/10/2009</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><div align="justify"><br />Eduardo Sales de Lima,da Redação A Cutrale mantém um dos maiores monopólios alimentícios do mundo. Detém cerca de 30% do mercado global de suco de laranja e possui clientes como Parmalat, Nestlé e Coca-Cola. Em relação à última empresa, a Cutrale, segundo revela o geógrafo e professor da Universidade de São Paulo (USP), Ariovaldo Umbelino, é sua fornecedora exclusiva. O deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR) lembra, em boletim, que a empresa é alvo de cinco processos no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), por liderar um cartel formado por quatro empresas que dominam o setor. As outras três seriam a Citrosuco, do grupo holandês Fischer; a Coinbra-Frutesp, do grupo francês Louis Dreyfus, e a Citrovita, do grupo Votorantim. Trata-se das maiores produtoras de suco do país e respondem por 90% da produção nacional. Entretanto, a Cutrale, sozinha, respondepor mais de 60%. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Essas quatro indústrias detêm mais de 50 milhões de pés de laranja e, como destaca Dr. Rosinha, impõem seus preços aos demais produtores. O monopólio, além de padronizar os preços, não permite a geração de empregos. Atualmente, apesar de existirem plantações de laranja por todo o Brasil, "restaram somente os grandes e médios produtores", e "o número de trabalhadores no setor é reduzidíssimo porque as plantas são altamente tecnificadas", revela Umbelino. Fundada há 40 anos, a Cutrale, conforme explica o geógrafo, sempre agiu de modo a verticalizar a produção. "Ela desenvolveu o processo de monopólio dentro de seu histórico de produção de suco, comprando unidades pequenas e as fechando", conta. Umbelino lembra que, enquanto havia competição, as indústrias sucocítricas negociavam com seus fornecedores por intermédio do governo estadual. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">A Cutrale foi ganhando força e provocou a criação de associações de citricultores que a enfrentavam. As organizações racharam e a empresa conseguiu enfraquecer as entidades menores. Atualmente, segundo o geógrafo, a Cutrale planta 10% de sua produção como forma de garantir sua produção de sucos, no caso de haver possíveis problemas com o fornecimento de laranjas. Os donos da empresa, que teriam fortuna acumulada equivalente a 5 bilhões de dólares, segundo informações do deputado Dr. Rosinha, são réus em processos por crime de formação de cartel e posse ilegal de armas de fogo. A Cutrale também já foi autuada por causar diversos impactos ambientais.</span> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">FONTE: <a href="http://ow.ly/uzYN">Brasil de Fato</a></span></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><span style="font-size:180%;color:#990000;"><strong>MST X CUTRALE</strong></span> </span></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Por Nilson Fernandes</span></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Nassif, o INCRA informa que a fazenda Santo Henrique pertence a União por integrar o antigo Núcleo Colonial Monção e sua retomada aguarda decisão juducial. O Núcleo Monção tem origem em 1909. Foi constituído por um grupo de fazendas, parte comprada pela União e parte recebida em pagamento de dívidas da Companhia de colonização São Paulo e Paraná. No total estas fazendas somavam aproximadamente 40 mil hectares, abrangendo partes dos municípios de Agudos, Lençóis Paulista, Borebi, Iaras e Águas de Santa Bárbara.<br />Nassif, o INCRA tem mais de cincoenta ações contra a CUTRALE no município de Ourinhos. O Juiz DA 2ª Vara de Lençóis Paulista ao conceder a reintegração de posse baseu-se entre outros documentos em um ofício do Comandante da PM de Bauru. O MST disse que não saí.de terras griladas pela CUTRALE.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">FONTE: <a href="http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2009/10/07/mst-x-cutrale/#more-35130">Blog do Nassif</a></span></div>olhonasempresashttp://www.blogger.com/profile/16523567805719772244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8740889777669644260.post-36619406079877866902009-10-07T07:32:00.000-07:002009-10-07T07:52:27.503-07:00Bertin envolvida em tentativa de genocídio?<p style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:85%;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:10pt;" >Nesta segunda-feira empresas e ONGs assinaram um compromisso sobre pecuária sustentável. A idéia é que as empresas promovam uma série de mudanças nas suas práticas para garantir que seus produtos não contribuam com a destruição da floresta amazônica e o trabalho escravo. Dentre as empresas que participarão deste compromisso estão as gigantes da pecuária </span></span><span><span style=";font-family:Verdana;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:9pt;color:black;" >Marfrig, Bertin e JBS-Friboi</span></span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:85%;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:10pt;" >. </span></span></p> <p><span style=";font-family:Verdana;font-size:85%;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:10pt;" > </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:85%;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:10pt;" >A idéia por trás do compromisso é boa, remete a estas empresas assumirem responsabilidade por sua cadeia de suprimentos. A iniciativa é conseqüência do relatório “A farra do boi” publicado pelo Greenpeace e das ações tomadas pelo Ministério Público Federal do Pará como conseqüência do relatório. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:85%;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:10pt;" > </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:85%;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:10pt;" >Porém as coisas podem não avançar tão bem como se espera. Os gigantes da pecuária estão entre as empresas que mais recebem denúncias de abusos ambientais e sociais. Neste sentido salta aos olhos a última notícia divulgada com relação à Bertin e a situação dos índios Guarani-Kaiowá em Dourados, no estado do Mato Grosso do Sul.</span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-size:10pt;"> </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Times New Roman;font-size:85%;" ><span style="font-size:10pt;"> </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:85%;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:10pt;" >A notícia surpreende pela contundência das declarações do promotor do Ministério Público, mas na verdade casos em que grandes empresas do agronegócio contratam empresas de segurança (na verdade são milícias disfarçadas de empresas) para atacar movimentos sociais são infelizmente mais comuns do que se espera. Na barra lateral do Blog você encontra um link para o relatório da Via Campesina: “O caso Syngenta – Violação de Direitos Humanos no Brasil” (em inglês). Que relata os ataques armados feitos pela empresa de segurança NF contratada pela Syngenta.<br /></span></span></p><p style="text-align: justify;"><br /><span style=";font-family:Verdana;font-size:85%;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:10pt;" ></span></span></p><p><span><span style=";font-family:Verdana;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:8.5pt;color:black;" >01/10/2009</span></span></span></p> <h1><b><span style=";font-family:Verdana;font-size:130%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:13pt;color:black;" >Ataque a indígenas: usina e frigorífico podem ser denunciados</span></span></b><span style="font-size:130%;"><span style="font-size:13pt;"></span></span></h1> <p><em><i><span style=";font-family:Times New Roman;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-size:8.5pt;color:black;" >Ação violenta contra acampamento indígena teve, segundo relatório da Funai, participação de funcionários da Usina São Fernando, parceria do Bertin e da Agropecuária JB. MPF poderá fazer denúncia por tentativa de genocídio</span></span></i></em><span style=";font-family:Verdana;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:8.5pt;color:black;" ></span></span></p> <p><span style=";font-family:Verdana;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:8.5pt;color:black;" >Por Verena Glass</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:8.5pt;color:black;" >Um acampamento de índios do povo Guarani-Kaiowá na região de Curral do Arame, em Dourados (MS), foi atacado violentamente na primeira hora de 18 de setembro. Na avaliação do Ministério Público Federal (MPF) do Mato Grosso do Sul, a ocorrência pode ser classificada como tentativa de genocídio. De acordo com relatos, os pertences e o barraco dos acampados foram incendiados e o indígena Eugênio Gonçalves, de 62 anos, ferido à bala.</span></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:8.5pt;color:black;" >Segundo documentos da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do MPF, o ataque ocorreu por volta da 1h da madrugada, quando o grupo de índios dormia no acampamento improvisado construído no dia anterior na altura do km 10 da Rodovia BR-463, ao lado da Fazenda Serrana. A propriedade foi arrendada para o plantio de cana-de-açúcar pela Usina São Fernando. A usina, por sua vez, é um empreendimento da Agropecuária JB (Grupo Bumlai) com o Grupo Bertin, um dos maiores frigoríficos da América Latina (</span></span><em><i><span style=";font-family:Times New Roman;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-size:8.5pt;color:black;" >leia mais abaixo</span></span></i></em><span style=";font-family:Verdana;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:8.5pt;color:black;" >).<br /><br />Analista pericial do MPF que esteve no local logo após o ocorrido foi informado que cerca de oito pessoas, algumas delas armadas, teriam participado da ação. "A movimentação do grupo [de indígenas no dia 17] deve ter atraído a atenção do proprietário da fazenda [Serrana] ou de quem a arrenda para fins de plantio de cana. Os índios narram que já era madrugada, cerca de uma hora da manhã, quando começaram os tiros. No momento da investida, `foi uma correria`. Mães agarravam seus filhos pequenos e tentavam fugir. Duas pessoas saíram feridas (...). O barraco construído por eles foi completamente queimado e as paliçadas erguidas para a construção de mais habitações arrancadas e/ou queimadas", discorre o relatório do MPF do MS.</span></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:8.5pt;color:black;" >Nos relatórios da Funai e do MPF, funcionários da Usina São Fernando e da empresa de segurança Gaspem são apontados como responsáveis pelo ataque. No documento da Funai, consta depoimento que afirma que "eles chegaram de repente com lanterna na mão, não falaram nada, foram rasgando as lonas com facão e colocaram fogo no barraco. Quem atirou foi o Paulinho, funcionário da usina São Fernando, e o Gerente, [que] chama Roberto (...)". No mesmo relato colhido pela Funai, o sexagenário Eugenio conta que foi baleado na perna, caiu e recebeu uma coronhada no braço. </span></span><br /><span style=";font-family:Verdana;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:8.5pt;color:black;" ></span></span></div><p><span style=";font-family:Verdana;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:8.5pt;color:black;" ><br /></span></span></p><div style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:8.5pt;color:black;" > Ao MPF, os indígenas também apontaram os seguranças da Gaspem como principais responsáveis. "A comunidade estima que, ao todo, naquela noite, compareceram ao local umas 20 pessoas. Frisaram que, na fazenda Serrana, enquanto ocorria a desocupação, um carro da firma dava cobertura". Para o analista do MPF, um funcionário da Gaspem explicou que a empresa havia sido contratada para guardar materiais da usina.</span></span></div><p style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:8.5pt;color:black;" >Para o procurador do MPF em Campo Grande (MS), Marco Antonio Delfino, o caso deve ser tratado como tentativa de genocídio - "um grupo armado teve intenção explícita de atacar outro grupo por suas características étnicas, porque são indígenas". As investigações devem ser apressadas e os resultados apresentados em menos de um mês.<span> </span><br /><br />"Em relação à empresa de segurança Gaspem, vamos atuar na área cível, criminal e administrativa - responsabilização criminal pelo ataque, indenização por este fato e outros semelhantes relacionados à participação da empresa. Do ponto de vista administrativo, será pedida a cassação do registro da empresa em face das irregularidades", adiciona o procurador federal. </span></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:8.5pt;color:black;" >Já a Usina São Fernando - arrendatária da Fazenda Serrana e que, conforme documento da Funai, teve participação por meio de funcionários no ataque - deve ser co-responsabilizada.</span></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:8.5pt;color:black;" >No processo, afirma Marco Antonio Delfino, a Gaspem poderá ser denunciada também por outras ações, como a participação no despejo de indígenas kaiowá da Fazenda Campo Belo, na região de Porto Cambira (MS), em 2004, a morte do índio Dorvalino Rocha, 39, em Antonio João (MS), na fronteira com o Paraguai, em 2005, e a morte da índia Xurete Lopes, 70, durante desocupação forçada da fazenda Madama, no município de Amambai (MS), em 2007.</span></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;"><strong><b><span style=";font-family:Verdana;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:8.5pt;color:black;" >Estréia complicada</span></span></b></strong></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:8.5pt;color:black;" ><br /></span></span></p><div style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:8.5pt;color:black;" > Instalada em Dourados (MS) em 2009, a Usina São Fernando é tocada por uma parceria da Agropecuária JB (Grupo Bumlai), especializado em melhoramento genético de gado de corte, e o Grupo Bertin, um dos maiores frigoríficos produtores e exportadores de itens de origem animal das Américas.</span></span></div><div> </div><p style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:8.5pt;color:black;" >Dono da Agropecuária JB, José Carlos Bumlai foi apresentado em 2002 ao então candidato presidencial Luiz Inácio Lula da Silva, que gravou ali os programas sobre agronegócio que foram usados na campanha, segundo matéria da revista<span> </span></span></span><em><i><span style=";font-family:Times New Roman;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-size:8.5pt;color:black;" >Dinheiro Rural</span></span></i></em><span><span style=";font-family:Verdana;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:8.5pt;color:black;" > </span></span></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:8.5pt;color:black;" >reproduzida no site da Agropecuária JB. De acordo com a matéria, Lula teria assumido, nos vídeos, "um compromisso em defesa da propriedade e da produção, afugentando o fantasma de uma reforma agrária radical, que sempre pesou sobre os ombros do PT".</span></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:8.5pt;color:black;" >O Grupo Bertin, que está em processo de união com o frigorífico JBS Friboi, maior empresa do setor no mundo, tem 27,5% de suas ações controladas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em 2008, a São Fernando, primeiro empreendimento do Bertin na produção de etanol, foi beneficiada com um empréstimo de R$ 402 milhões do BNDES.</span></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:8.5pt;color:black;" >Em junho deste ano, a usina aderiu ao Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Cana-de-Açúcar, acordo firmado entre o governo federal e os setores produtivo e sindical. A iniciativa visa propor melhorias aos cortadores de cana para melhorar a aceitação do etanol brasileiro como combustível "limpo" no mercado internacional, mas acabou excluindo questões básicas como a alimentação. Para completar, o Compromisso Nacional abriga três usinas que fazm parte da "lista suja" do trabalho escravo.</span></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:8.5pt;color:black;" >Procurado para comentar o ataque aos indígenas, o Bertin, através de sua assessoria de imprensa, afirmou que "os seguranças da usina [São Fernando] não andam armados e não se envolveram em nenhum conflito. Não temos nenhuma notícia em relação ao fato e estamos apurando a informação. A Usina São Fernando não é proprietária de nenhuma terra na região".</span></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:8.5pt;color:black;" >Já o diretor-superintendente da Usina São Fernando, Paulo César Escobar, confirmou que "existe um contrato de parceria agrícola entre a Usina e a Fazenda Serrana, ou seja, a usina planta cana na área de fazenda e divide os frutos com o proprietário". Ele teria sido informado que "o conflito não ocorreu na área de plantio de cana (onde ocorre a parceria com a Usina São Fernando), mas em outra parte da fazenda", o que contraria o parecer emitido pela Funai. O diretor também negou qualquer relação com a Gaspem, que teria sido contratada pelo proprietário da Fazenda Serrana. A Gaspem foi procurada pela reportagem, mas não houve quem se manifestasse pela empresa.</span></span></p> <p><strong><b><span style=";font-family:Verdana;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:8.5pt;color:black;" >Histórico de conflitos</span></span></b></strong></p> <p style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:8.5pt;color:black;" >Há seis anos, o grupo Guarani-Kaiowá do Curral de Arame está acampado às margens da BR-463, há aproximadamente 7 km de Dourados. Segundo a Funai, por duas vezes o grupo tentou voltar aos territórios originários, ocupado atualmente por grandes fazendeiros. Em junho de 2008, houve uma ocupação de um pequeno pedaço da Fazenda Serrana, próximo à mata da Reserva Legal da área, onde os indígenas fizeram pequenas roças.</span></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:8.5pt;color:black;" >De acordo com o MPF, naquela ocupação a estratégia da fazenda foi "sitiar os índios através dos serviços da empresa de segurança Gaspem, que impedia que a Funasa [Fundação Nacional de Saúde] e a Funai promovessem atendimento e assistência médica. Naquele tempo, os índios só puderam ser visitados pelos órgãos indigenistas graças à intervenção da Polícia Federal".</span></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:8.5pt;color:black;" >Com a reintegração de posse, os índios foram obrigados a ocupar a outra margem da BR-463, por causa de obras de duplicação da rodovia. Cerca de vinte pessoas formaram o Acampamento Apyka’y, onde construíram seis barracos e passaram a viver na dependência de cestas básicas da Funai.</span></span></p><p><span style=";font-family:Verdana;font-size:78%;color:black;" ><span style=";font-family:Verdana;font-size:8.5pt;color:black;" >FONTE: <a href="http://www.reporterbrasil.org.br/">Repórter Brasil</a><br /></span></span></p>olhonasempresashttp://www.blogger.com/profile/16523567805719772244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8740889777669644260.post-5913770903068042752009-09-30T14:05:00.000-07:002009-10-07T07:53:19.938-07:00Ranking das melhores e PIORES empresas americanas com relação ao Meio Ambiente<a href="http://3.bp.blogspot.com/_vUiL8uxZrds/SsPLffMwM5I/AAAAAAAAABE/ODkZi4tYShg/s1600-h/Newsweek.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5387373321076618130" style="margin: 0px 0px 10px 10px; float: right; width: 80px; height: 106px;" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_vUiL8uxZrds/SsPLffMwM5I/AAAAAAAAABE/ODkZi4tYShg/s320/Newsweek.jpg" border="0" /></a><br /><div><strong><span style="color: rgb(0, 102, 0);font-family:verdana;font-size:180%;" >Tons de Verde</span></strong></div><br /><div><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" ></span></div><br /><div><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >Por Phil Matera do DirtyDiggersDigest</span></div><br /><div><span style="font-family:Verdana;"></span></div><br /><div><span style="font-size:78%;"><em>*esta é uma tradução livre do inglês, o link para o original esta ao final</em></span> </div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div align="justify"><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >Michael Moore talvez esteja em todos os programas de entrevistas nos próximos dias promovendo seu novo filme sobre os maus do capitalismo, mas em outro lugar na mídia tradicional a celebração das grandes empresas continua aceleradamente. Especialmente com relação ao meio ambiente, nós somos levados a acreditar que grandes corporações são a vanguarda do pensamento esclarecido.</span></div><br /><div align="justify"><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" ></span></div><br /><div align="justify"><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >Esta é a mensagem implícita da capa do <a href="http://www.newsweek.com/id/215577">último número da revista Newsweek</a>, a qual esta recheada com folhas para promover seu número sobre “As grandes empresas mais verdes da América: um ranking exclusivo - The Greenest Big Companies in America: An Exclusive Ranking”[Nota do tradutor: América aqui refere-se aos EUA]. A lista em si, entretanto, tem mais validade que os exercícios deste tipo usualmente feitos, que tendem a valorizar demais o “greenwash” corporativo.</span></div><br /><div align="justify"><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" ></span></div><br /><div align="justify"><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >O ranking da Newsweek é baseado no que parece ser dados sólidos da <a href="http://www.kld.com/">KLD Research & Analytics</a>, que produziu o bem conceituado (mas caro) plataforma <a href="http://www.kld.com/research/socrates/index.html">SOCRATES</a> de investimento social, junto com a <a href="http://www.trucost.com/newsweek/">Trucost</a> e a <a href="http://www.corporateregister.com/">CorporateRegister.com</a>. Cada companhia no S&P 500 é <a href="http://www.newsweek.com/id/215522">ranqueada</a> nos seus impactos ambientais, suas políticas ambientais, e sua reputação dentre profissionais do meio da responsabilidade social corporativa, acadêmicos e outros especialistas ambientais. A avaliação ainda leva em conta as infrações regulatórias, processos judiciais e impactos comunitários das companhias.</span></div><br /><div align="justify"><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" ></span></div><br /><div align="justify"><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >De maneira não surpreendente, aquelas no topo da lista são as empresas de alta tecnologia – como HP (1, Dell (2), Intel (4), IBM (5) e Cisco System (12) – as quais nunca tiveram os mesmos problemas das antiquadas industrias de linha, e que em muitos casos se tornaram “mais limpas” por terceirizar suas atividades de produção para outros países. Dell, em particular, está no processo de <a href="http://online.wsj.com/article/SB122058183649202581.html">se tornar uma empresa vazia </a>vendendo suas fábricas.</span></div><br /><div align="justify"><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" ></span></div><br /><div align="justify"><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >Mais interessante é que o suposto pioneiro da sustentabilidade Wal-Mart ficou colocado em 59º, atrás de antiquadas indústrias de linha como a United Technologies e a Owens Corning. A Whole Foods Market, fornecedor de produtos orgânicos encarecidos, esta ainda mais baixo na posição número 67. A gigante de petróleo Chevron, que <a href="http://www.willyoujoinus.com/">urge</a> o público a se juntar a ela no seu suposto compromisso com eficiência energética, esta ranqueada no 371º lugar, não muito melhor que a tradicional negadora do aquecimento global a ExxonMobil (em 395). </span></div><br /><div align="justify"><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" ></span></div><br /><div align="justify"><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >Já que a lista da Newsweek cobre inteiramente o S&P 500, nós também podemos observar o grupo que provavelmente é o mais interessante de todos, aquelas empresas pior ranqueadas. O mal que estas empresas – especialmente aquelas como a American Electric Power e a Souther Company que possuem muitas usinas de energia que operam a partir de combustíveis fósseis – fazem ao meio ambiente ultrapassa em muito qualquer bem feito por aquelas empresas que estão no topo da lista. Também entre os retardatários estão as gigantes do agronegócio: Monsanto (nº 485), Archer Daniels Midland (nº 486), Bunge (nº 493) e ConAgra Foods (n º497). </span></div><br /><div align="justify"><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" ></span></div><br /><div align="justify"><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >Mas uma menção especial deve ser dada para a absolutamente pior de todas as empresas listadas: a gigante da mineração Peabody Energy. Numa escala de 0 a 100, presumivelmente refletindo sua dedicação exclusiva ao carvão, grande destruidor climático, e seu <a href="http://www.publicintegrity.org/blog/entry/1599/">apoio aos grupos </a>que lutam contra a lei de mudanças climáticas no congresso americano. </span></div><br /><div align="justify"><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" ></span></div><br /><div align="justify"><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >A Newsweek merece crédito por ter desenvolvido uma avaliação séria do desempenho ambiental corporativo. A versão eletrônica tem uma divertida barra lateral sobre falsidade verdes. Esta revista poderia ter facilmente invertido a ordem da lista e alterado sua manchete para: “Os Maiores Culpados Ambientais da America Corporativa”.</span> </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >FONTE: </span><a href="http://dirtdiggersdigest.org/"><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >Dirty Diggers Diggest</span></a></div><br /><div></div>olhonasempresashttp://www.blogger.com/profile/16523567805719772244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8740889777669644260.post-37707117720824065512009-09-30T13:45:00.000-07:002009-09-30T14:05:39.966-07:00Carrefour racismo, tortura e violação de Direitos Humanos<div align="center"><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;"><strong><span style="font-size:130%;">Homem negro espancado, suspeito de roubar o próprio carro</span></strong><br /></div></span></span><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:78%;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Tomado por suspeito de um crime impossível - o roubo do seu próprio carro, um EcoSport da Ford - o funcionário da USP, Januário Alves de Santana, 39 anos, foi submetido a uma sessão de espancamentos com direito a socos, cabeçadas e coronhadas, por cerca de cinco seguranças do Hipermercado Carrefour, numa salinha próxima à entrada da loja da Avenida dos Autonomistas, em Osasco. Enquanto apanhava, a mulher, um filho de cinco anos, a irmã e o cunhado faziam compras.</span></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">.<br /></span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">A direção do Supermercado, questionada pelo Sindicato dos Trabalhadores da USP, afirma que tudo não passou de uma briga entre clientes.</span></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">.<br /></span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">O caso aconteceu na sexta-feira (07/08) e está registrado no 5º DP de Osasco. O Boletim de Ocorrência - 4590 - assinado pelo delegado de plantão Arlindo Rodrigues Cardoso, porém, não revela tudo o que aconteceu entre as 22h22 de sexta e as 02h34 de sábado, quando Santana - um baiano há 10 anos em São Paulo e que trabalha como Segurança na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, há oito anos - chegou a Delegacia, depois de ser atendido no Hospital Universitário da USP com o rosto bastante machucado, os dentes quebrados.</span></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">.</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Ainda com fortes dores de cabeça e no ouvido e sangrando pelo nariz, ele procurou a Afropress, junto com a mulher - a também funcionária do Museu de Arte Contemporânea da USP, Maria dos Remédios do Nascimento Santana, 41 anos - para falar sobre as cenas de terror e medo que viveu. "Eu pensava que eles iam me matar. Eu só dizia: Meu Deus".</span></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">.</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Santana disse pode reconhecer os agressores e também pelo menos um dos policiais militares que atendeu a ocorrência - um PM de sobrenome Pina. "Você tem cara de que tem pelo menos três passagens. Pode falar. Não nega. Confessa, que não tem problema", teria comentado Pina, assim que chegou para atender a ocorrência, quando Santana relatou que estava sendo vítima de um mal entendido.</span></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">.</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Depois de colocar em dúvida a sua versão de que era o dono do próprio carro, a Polícia o deixou no estacionamento com a família sem prestar socorro, recomendando que, se quisesse, procurasse a Delegacia para prestar queixa.<br /><span style="font-size:78%;">.</span></div></span><div align="center"><strong><span style="font-family:verdana;">Terror e medo</span></strong></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">.<br /></span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">"Cheguei, estacionei e, como minha filha de dois anos, dormia no banco de trás, combinei com minha mulher, minha irmã e cunhado, que ficaria enquanto eles faziam compra. Logo em seguida notei movimentação estranha, e vi dois homens saindo depressa, enquanto o alarme de uma moto disparava, e o dono chegava, preocupado. Cheguei a comentar com ele: "acho que queriam levar sua moto". Dito isso, continuei, mas já fora do carro, porque notei movimentação estranha de vários homens, que passaram a rodear, alguns com moto. Achei que eram bandidos que queriam levar a moto de qualquer jeito e passei a prestar a atenção", relata.</span></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">.</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">À certa altura, um desses homens - que depois viria a identificar como segurança - se aproximou e sacou a arma. Foi o instinto e o treinamento de segurança, acrescenta, que o fez se proteger atrás de uma pilastra para não ser atingido e, em seguida, sair correndo em zigue-zague, já dentro do supermercado. "Eu não sabia, se era Polícia ou um bandido querendo me acertar", contou.</span></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">.<br /></span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Os dois entraram em luta corporal, enquanto as pessoas assustadas buscavam a saída. "Na minha mente, falei: meu Deus. Vou morrer agora. Eu vi essa cena várias vezes. E pedia a Deus que ele gritasse Polícia ou dissesse é um assalto. Ele não desistia de me perseguir. Nós caímos no chão, ele com um revólver cano longo. Meu medo era perder a mão dele e ele me acertar.</span></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">.</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Enquanto isso, a mulher, a irmã, Luzia, o cunhado José Carlos, e o filho Samuel de cinco anos, faziam compras sem nada saber. "Diziam que era uma assalto", acrescenta Maria dos Remédios.</span></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Segundo Januário, enquanto estava caído, tentando evitar que o homem ficasse em condições de acertar sua cabeça, viu que pessoas se aproximavam. "Eu podia ver os pés de várias pessoas enquanto estava no chão. É a segurança do Carrefour, alguém gritou. Eu falei: Graças a Deus, estou salvo. Tô em casa, graças a Deus. Foi então que um pisou na minha cabeça, e já foi me batendo com um soco. Eu dizia: houve um mal entendido. Eu também sou segurança. Disseram: vamos ali no quartinho prá esclarecer. Pegaram um rádio de comunicação e deram com força na minha cabeça. Assim que entrei um deles falou: estava roubando o EcoSport e puxando moto, né? Começou aí a sessão de tortura, com cabeçadas, coronhadas e testadas", continuou.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><span style="font-size:78%;">.</span></div></span><div align="center"><span style="font-family:verdana;"><strong>Sessão de torturas</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;"><strong></strong><span style="font-size:78%;">.</span></div></span></span><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">"A sessão de torturas demorou de 15 a 20 minutos. Eu pensava que eles iam me matar. Eu só dizia: Meu Deus, Jesus. Sangrava muito. Toda vez que falava "Meu Deus", ouvia de um deles. Cala a boca seu neguinho. Se não calar a boca eu vou te quebrar todo. Eles iam me matar de porrada", conta.</span></div><span style="font-family:verdana;"><div align="justify"><span style="font-size:78%;">.<br /></span></div><span style="font-size:85%;"></span></span><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Santana disse que eram cerca de cinco homens que se revezavam na sessão de pancadaria. "Teve um dos murros que a prótese ficou em pedaços. Eu tentava conversar. Minha criança está no carro. Minha esposa está fazendo compras, não adiantava, porque eles continuaram batendo. Não desmaiei, mas deu tontura várias vezes. Eu queria sentar, mas eles não deixavam e não paravam de bater de todo jeito".</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><span style="font-size:78%;">.</span><br /></span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">A certa altura Januário disse ter ouvido alguém anunciar: a Polícia chegou, sendo informada de que o caso era de um negro que tentava roubar um EcoSport. "Eles disseram que eu estava roubando o meu carro. E eu dizia: o carro é meu. Deram risada."</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><span style="font-size:78%;">.</span></div></span><div align="center"><strong><span style="font-family:verdana;">A Polícia e o suspeito padrão</span></strong></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><span style="font-size:78%;">.</span></div></span><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">A chegada da viatura com três policiais fez cessar os espancamentos, porém, não as humilhações. "Você tem cara de que tem pelo menos três passagens. Pode falar. Não nega. Confessa que não tem problema", comentou um dos policiais militares, enquanto os seguranças desapareciam.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><span style="font-size:78%;">.</span></div></span><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">O policial não deu crédito a informação e fez um teste: "Qual é o primeiro procedimento do segurança?". Tonto, Januário, Santana disse ter respondido: "o primeiro procedimento é proteger a própria vida para poder proteger a vida de terceiros".</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:78%;">.<br /></span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Foi depois disso que conseguiu que fosse levado pelos policiais até o carro e encontrou a filha Ester, de dois anos, ainda dormindo e a mulher, a irmã e o filho, atraídos pela confusão e pelos boatos de que a loja estava sendo assaltada. "Acho que pela dor, ele se deitou no chão. Estava muito machucado, isso tudo na frente do meu filho", conta Maria dos Remédios.</span></div><div align="center"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><span style="font-size:78%;">.</span><br /></span><span style="font-family:verdana;"><strong>Sem socorro</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-size:78%;">.</span></div></span></span><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Depois de conferirem a documentação do carro, que está em nome dela, os policiais deixaram o supermercado. "Daqui a pouco vem o PS do Carrefour. Depois se quiserem deem queixa e processem o Carrefour", disse o soldado.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><span style="font-size:78%;">.</span><br /></span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Em choque e sentindo muitas dores, o funcionário da USP conseguiu se levantar e dirigir até o Hospital Universitário onde chegou com cortes profundos na boca e no nariz. "Estou sangrando até hoje. Quando bate frio, dói. Tenho medo de ficar com seqüelas", afirmou.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><span style="font-size:78%;">.</span><br /></span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">A mulher disse que o EcoSport, que está sendo pago em 72 parcelas de R$ 789,00, vem sendo fonte de problemas para a família desde que foi comprado há dois anos. "Toda vez que ele sai a Polícia vem atrás de mim. Esse carro é seu? Até no serviço a Polícia já me abordaram. Meu Deus, é porque ele é preto que não pode ter um carro EcoSport?", se pergunta.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><span style="font-size:78%;">.</span><br /></span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Ainda desorientado, Santana disse que tem medo. "Eu estou com vários traumas. Se tem alguém atrás de mim, eu paro. Como se estivesse sendo perseguido. Durante a noite toda a hora acordo com pesadelo. Como é que não fazem com pessoas que fizeram alguma coisa. Acho que eles matam a pessoa batendo", concluiu.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><span style="font-size:78%;">.</span><br /></span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Fonte: <a href="http://www.jusracial.org.br/modulos/noticiario/noticiario.php?id=8">Afropress </a></span></div>olhonasempresashttp://www.blogger.com/profile/16523567805719772244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8740889777669644260.post-56282149200535882292009-09-30T13:39:00.000-07:002009-09-30T13:45:39.623-07:00Empreendimento de mineração da Bunge é parado na justiça<div align="center"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><strong>Baseando-se no princípio da precaução, Juiza acata ação civil pública e suspende construção de mineradora das empresas Bunge e Yara Brasil Fertilizantes.</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><strong></strong></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Reportagem: Joel Felipe Guindani</span></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;"></span></strong> </div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><strong>Porto Alegre (RS)</strong> – Após mobilização popular, a Justiça suspendeu nesta terça-feira (29) a licença ambiental prévia que autorizava a Indústria Fosfatos Catarinense (IFC) a iniciar o processo de instalação de uma mina de fosfato em Anitápolis, litoral do estado. A ação civil pública foi movida pela organização não-governamental (ONG) Associação Montanha Viva contra as empresas Bunge e Yara Brasil Fertilizantes, donas da IFC. As manifestações contra a construção da mineradora iniciaram no de 2005 e desde lá envolve também associações de moradores, universidades, pastorais e movimentos sociais do estado. </span></div><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><div align="justify"><br />Baseando-se no princípio da precaução, a juíza federal Marjôrie Freiberger Ribeiro da Silva proibiu o órgão ambiental, a Fatma, de autorizar o corte de Mata Atlântica até que seja dada a sentença final da mesma ação civil pública que pede a suspensão total da instalação da mineradora na região. </div><div align="justify"><br />De acordo com Jorge Albuquerque, da ONG Montanha Viva, a suspensão dos projetos de liberação para construção da mineradora representa um grande passo da organização popular. </div><div align="justify"><br />“Isso foi uma grande conquista. Hoje os movimentos que se juntaram a nós é um grupo grande, bem organizado e poderoso. Continuaremos lutando porque é inaceitável um projeto desses. Como que essas empresas vão construir uma barragem de oitenta metros construída com terra batida e rejeitos em um rio onde mais de duzentas mil pessoas sobrevivem em sua margem? Isso compromete a vida de todos”, diz. </div><div align="justify"><br />Criada em parceria entre as multinacionais Yara Brasil e Bunge Fertilizantes, a mineradora já é proprietária de 1.760 hectares em Anitápolis (SC), única região no Sul do Brasil que possui fosfato. Para a extração e processamento do minério, as empresas projetam o desmatamento de mais de 300 hectares de Mata Atlântica. </div><div align="justify"><br />Jorge ainda explica que as mobilizações continuam em forma de assembléias e elaboração de novos estudos na região. Segundo ele, a empresa deve recorrer à ação judicial nos próximos dias.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">FONTE: <a href="http://www.agenciachasque.com.br/ler01.php?idsecao=91f03f57e9aff94c35d3d21f0ef2fc5b&&idtitulo=68c62882c228bf73d4735e302b9ab363">Agência Chasque</a></span></div>olhonasempresashttp://www.blogger.com/profile/16523567805719772244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8740889777669644260.post-70756086042647522182009-09-28T12:08:00.000-07:002009-09-28T12:19:46.723-07:00Brasil é o país que mais utiliza agrotóxicos e não há debate público sobre isto!<div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><em>O agronegócio tem sido uma das forças da nossa economia nos últimos anos. Porém, este aparente sucesso não tem impulsionado o setor para um novo patamar de qualidade e controle da produção. As iniciativas de auto-regulação (como a RTRS) têm apresentado resultados questionáveis e lentos e enquanto isso avançasse nas práticas mais insustentáveis de cultivos agrícolas. Além das constantes denúncias de trabalho forçado sendo utilizado nas lavouras, desmatamento, contaminação com transgênicos e cultivo ilegal em terras do Estado na Amazônia, um outro aspecto da insustentabilidade do setor passa pouco percebido: o excessivo uso de agrotóxicos.<br /><br />No início do ano a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária - pretendia fazer a reavaliação técnica de nove agrotóxicos liberados para a comercialização no país. Este é um procedimento de praxe, os produtos são liberados inicialmente com os principais dados sendo fornecidos pelas próprias empresas e a reavaliação é feita pelos técnicos da ANVISA com base em padrões internacionais e estudos de órgãos independentes, inclusive de outros países. No entanto uma ação judicial por parte do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (SINDAG), associação que reúne as empresas deste setor, impediu que a agência realizasse o processo. Esta ação não teve nenhuma justificativa razoável do ponto de vista científico ou legal, representou apenas as empresas do setor defendendo seus interesses em detrimento da segurança e saúde da população e do meio ambiente.</em></span></div><div align="justify"><em><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;"></span></em></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Leia a reportagem "<a href="http://www.justicaambiental.org.br/_justicaambiental/pagina.php?id=2204">Agrotóxico na terra dos outros é refresco</a>" </span></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">.</span></div><div align="center"><strong><span style="font-size:130%;color:#cc0000;">Agrotóxicos no seu estômago</span></strong></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;color:#cc0000;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:78%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:78%;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:78%;"><em>Na safra passada, as empresas transnacionais (Basf, Bayer, Monsanto, Du Pont, Sygenta, Bungue, Shell...), comemoraram que o Brasil se transformou no maior consumidor mundial de venenos agrícolas. Foram despejados 713 milhões de toneladas! Média de 3.700 quilos por pessoa.</em></span></div><div align="justify"><em><span style="font-family:Verdana;font-size:78%;"></span></em></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Por João Pedro Stédile</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;">Os porta-vozes da grande propriedade e das empresas transnacionais são muito bem pagos para todos os dias defender, falar e escrever de que no Brasil não há mais problema agrário. Afinal, a grande propriedade está produzindo muito mais e tendo muito lucro. Portanto, o latifúndio não é mais problema para a sociedade brasileira. Será? Nem vou abordar a injustiça social da concentração da propriedade da terra, que faz com que apenas 2%, ou seja, 50 mil fazendeiros, sejam donos de metade de toda nossa natureza, enquanto temos 4 milhões de famílias sem direito a ela.</span></div><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;"><div align="justify"><br />Vou falar das conseqüências para você que mora na cidade, da adoção do modelo agrícola do agronegócio. O agronegócio é a produção de larga escala, em monocultivo, empregando muito agrotóxicos e máquinas. Usam venenos para eliminar as outras plantas e não contratar mão de obra. Com isso, destroem a biodiversidade, alteram o clima e expulsam cada vez mais famílias de trabalhadores do interior.</div><div align="justify"><br />Na safra passada, as empresas transnacionais, e são poucas (Basf, Bayer,Monsanto, Du Pont, Sygenta, Bungue, Shell química...), comemoraram que oBrasil se transformou no maior consumidor mundial de venenos agrícolas.</div><div align="justify"><br />Foram despejados 713 milhões de toneladas! Média de 3.700 quilos por pessoa. Esses venenos são de origem química e permanecem na natureza. Degradam o solo. Contaminam a água. E, sobretudo, se acumulam nos alimentos.</div><div align="justify"><br />As lavouras que mais usam venenos são: cana, soja, arroz, milho, fumo, tomate, batata, uva, moranguinho e hortaliças. Tudo isso deixará resíduospara seu estômago. E no seu organismo afetam as células e algum dia podem se transformar em câncer.</div><div align="justify"><br />Perguntem aos cientistas aí do Instituto Nacional do Câncer, referência depesquisa nacional, qual é a principal origem do câncer, depois do tabaco? AAnvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) denunciou que existem nomercado mais de vinte produtos agrícolas não recomendáveis para a saúdehumana. Mas ninguém avisa no rótulo, nem retira da prateleira. </div><div align="justify"><br />Antigamente, era permitido ter na soja e no óleo de soja apenas 0,2 mg/kg de resíduo do veneno glifosato, para não afetar a saúde. De repente, a Anvisa autorizou os produtos derivados de soja terem até 10,0 mg/kg de glifosato, 50 vezes mais. Isso aconteceu certamente por pressão da Monsanto, pois o resíduo de glifosato aumentou com a soja transgênica, de sua propriedade.<br /></div><div align="justify">Esse mesmo movimento estão fazendo agora com os derivados do milho. Depois que foi aprovado o milho transgênico, que aumenta o uso de veneno, querem aumentar a possibilidade de resíduos de 0,1 mg/kg permitido para 1,0 mg/kg.</div><div align="justify"><br />Há muitos outros exemplos de suas conseqüências. O doutor Vanderley Pignati, pesquisador da UFMT, revelou em suas pesquisas que nos municípios que têm grande produção de soja e uso intensivo de venenos os índices de abortos e má formação de fetos são quatro vezes maiores do que a média do estado.</div><div align="justify"><br />Nós temos defendido que é preciso valorizar a agricultura familiar, camponesa, que é a única que pode produzir sem venenos e de maneiradiversificada. O agronegócio, para ter escala e grandes lucros, só consegue produzir com venenos e expulsando os trabalhadores para a cidade.</div><div align="justify"><br />E você paga a conta, com o aumento do êxodo rural, das favelas e com o aumento da incidência de venenos em seu alimento.</div><div align="justify"><br />Por isso, defender a agricultura familiar e a reforma agrária, que é uma forma de produzir alimentos sadios, é uma questão nacional, de toda sociedade.</div><div align="justify"><br />Não é mais um problema apenas dos sem-terra. E é por isso que cada vez que o MST e a Via Campesina se mobilizam contra o agronegócio, as empresas transnacionais, seus veículos de comunicação e seus parlamentares, nos atacam tanto.</div><div align="justify"><br />Porque estão em disputa dois modelos de produção. Está em disputa a que interesses deve atender a produção agrícola: apenas o lucro ou a saúde e o bem-estar da população? Os ricos sabem disso e tratam de consumir apenas produtos orgânicos.</div><div align="justify"><br />E você precisa se decidir. De que lado você está?</div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">.</span></div><div align="justify"><em>(*) Artigo publicado originalmente no jornal O Globo</em></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">.<br /></span>João Pedro Stédile é economista e integrante da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).</div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">.</span></div><div align="justify">FONTE: <a href="http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=4440&boletim_id=595&componente_id=10036">Agência Carta Maior</a></span></div>olhonasempresashttp://www.blogger.com/profile/16523567805719772244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8740889777669644260.post-19480513992975277432009-09-25T11:19:00.000-07:002009-09-25T11:43:50.727-07:00Engevix não cumpre acordo com indígenas<div style="text-align: center;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;">Engevix não cumpre acordo com índios atingidos pela UHE Monjolinho</span></span></b></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;">Ontem (15/09), os índios Caigangues atingidos pela UHE de Monjolinho ficaram a espera da Empresa Engevix, para realizarem uma reunião de continuação das negociações já iniciadas. Durante a audiência pública realizada no dia 20/08, ficou acordado que essa reunião aconteceria ontem, mas, segundo os índios, a empresa não apareceu e nem deu notícias.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;">Entre as reivindicações dos índios estão: Posto de saúde com leitos para internação, contratação de profissionais pediátricos e ambulância equipada; Construção de casas; Construção de novos açudes e recuperação dos já existentes para criação e manejo de peixes; Ampliação do saneamento básico; Energia elétrica gratuita permanente; Reflorestamento com árvores nativas e treinamento/capacitação de pessoas da comunidade como agentes ambientais com remuneração para cuidar do reflorestamento.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><b>Histórico e posição do Movimento dos Atingidos por Barragens</b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;">A empresa Engevix fechou as comportas da hidrelétrica antes de resolver os problemas com as famílias e a revelia da justiça, que expediu uma liminar proibindo o enchimento do lago. No dia 18 de junho, durante um protesto na barragem, a polícia gaúcha agiu com violência jogando bombas de efeito moral, ferindo manifestantes e furando pneus de dois ônibus a tiros. A ação, sem justificativas, comprovou a falta de respeito ao povo indígena. O Movimento dos Atingidos por Barragens exige que </span><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;">se cumpram todas as medidas compensatórias previstas no Plano Básico Ambiental Indígena.</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">FONTE: <b><a href="http://www.mabnacional.org.br/noticias/160909_monjolinho.html">MAB</a></b></span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;font-size:100%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"><b><br /></b></span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size:100%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><i>É engraçado que, com uma rápida pesquisa no site da empresa você consegue achar todo tipo de declaração sobre como ela é responsável: </i></span></span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;font-size:100%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;font-size:100%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FF0000;">A Engevix entende que seu sucesso empresarial deve estar pautado no desempenho nas áreas econômica, ambiental e social. Entende também que para que seu desempenho seja sempre satisfatório, deve aproximar-se de seus parceiros para entender suas necessidades e demandas e agir com transparência e responsabilidade na relação com cada um deles.</span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;font-size:100%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;font-size:100%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;">Ou ainda</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;font-size:100%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;font-size:100%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FF0000;">(...) Tal posicionamento é reflexo de uma administração consciente de sua responsabilidade corporativa (que se preocupa com a qualidade e impacto de seu trabalho em suas interfaces com todos que com ela se relacionam).</span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;font-size:100%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;font-size:100%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;">FONTE: <a href="http://www.b2i.us/profiles/investor/fullpage.asp?f=1&BzID=1633&to=cp&Nav=1&LangID=3&s=0&nolog=1&ID=8085">Engevix</a></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;font-size:100%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;font-size:100%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"><i>O pior é que o histórico da Engevix ainda inclui outras denuncias graves como ter fraudado o Estudo de Impacto Ambiental da Usina de Barra Grande, quando omitiu a presença de uma área de 6 mil hectares de mata nativa, que continham inclusive especies ameaçadas de extinção. Este caso esta desrito no link <a href="http://www.apremavi.org.br/mobilizacao/barra-grande/">Dossiê Barra Grande</a>, que também esta relacionado na barra ao lado.</i></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;font-size:100%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"><i><br /></i></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;font-size:100%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"><i><br /></i></span></span></div>olhonasempresashttp://www.blogger.com/profile/16523567805719772244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8740889777669644260.post-73619567045699023712009-09-20T10:23:00.000-07:002009-09-28T10:50:03.355-07:00Sobram críticas no Parlamento holandês para a RTRS<div align="center"><span style="font-family:verdana;font-size:130%;color:#990000;"><strong>O debate crítico do Parlamento holandês sobre a Mesa Redonda da Soja Responsável (RTRS)</strong></span></div><div align="left"><span style="font-family:Verdana;font-size:78%;color:#990000;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;"><em>*Esta é uma tradução livre da reportagem original em inglês, o link para o original encontra-se ao final</em> </span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Verdana;font-size:78%;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Na quinta-feira dia 10 de setembro, o parlamento Holandês discutiu os resultados da última conferência da Mesa Redonda da Soja Responsável – RTRS que ocorreu em maio deste ano no Brasil, quando uma série de princípios e critérios para a soja “responsável” foram acordados. O Parlamento holandês chamou os ministros da Agricultura e de Desenvolvimento e Cooperação para estarem presentes na discussão já que ambos apóiam a RTRS financeiramente e politicamente.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:78%;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">A Global Forest Coalition, o Corporate Europe Observatory e o Toxicsoy enviaram uma carta ao Parlamento e aos Ministros resumindo as razões pelas quais diversas organizações rejeitam a RTRS.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:78%;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">O debate em geral foi muito crítico, com os critérios da RTRS sendo qualificados desde “greenwahsing” (pelos partidos: Verdes, SP, Animal Rights Party) a até “bem frágil” (pelo Partido Liberal). Os partidos ficaram bem divididos na questão de se o governo holandês deveria continuar apoiando a RTRS. A maioria (incluindo os ministros) concordou que os critérios da RTRS não são suficientes para receber o rótulo de “responsável”. A Ministra da Agricultura, Gerda Verburg (do Partido Democrata Cristão), foi à única que manteve a posição de nunca ter escutado “uma ONG que rejeite completamente a RTRS”. Mas as críticas internacionais a RTRS tinham sido claramente noticiadas por todos os outros presentes.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:78%;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">É importante notar que a causa preocupação foi a relação estabelecida entre a Conferência de Copenhague sobre mudanças climáticas e a soja “responsável”. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:78%;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">A representante da União Cristã (CU), Esmé Wiegman, declarou que os critérios decididos na conferência da RTRS não poderiam ser considerados como uma “norma para um rótulo sobre sustentabilidade”. Ela corretamente apontou que para um dos temas mais cruciais, o desmatamento, a perspectiva de longo prazo ainda está faltando. Ela também questionou a limitação de que apenas as florestas “primárias” deveriam ser protegidas, e como poderia ser estabelecida uma definição para “florestas primárias”. Ela também criticou a ausência de critério sobre transgênicos e não-transgênicos, e acrescentou que até agora ela não viu nenhuma vantagem das sementes transgênicas. Ela então sugeriu que deveria existir uma política de preferência para soja não-transgênica; lembrou também que em países produtores de soja o monitoramento e controle é um grande desafio. Ela por último questionou a ministra sobre o que esta estaria fazendo na direção de diminuir o consumo de carne e de substituição da soja com espécies locais ricas em proteína.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:78%;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">O Partido dos Direitos dos Animais (PvdD) foi ainda mais crítico, perguntando ao governo porque ele não estava tomando medidas contra a quantidade de soja comercializada, e ao invés disso estão apoiando a RTRS com esses resultados fracos. A representante Marianne Thieme declarou que a Holanda não deveria estar apoiando “um logo de panda para um produto que nem ao menos parará com o desmatamento” Ela também questionou que florestas poderiam ser definidas como “áreas de alto valor de conservação”, e criticou os critérios muito fracos sobre uso de pesticidas e sobre aspectos sociais. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:78%;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Ela também se referiu ao estudo da Wageningen University que mostra que na soja RR [nota do tradutor: Roundup Ready é a semente transgênica da Monsanto] a mesma quantidade ou até mais pesticidas são utilizados do que na soja convencional. Thieme apontou que os membros da RTRS, Rabobank e Unilever, declararam que economias de escala são necessárias para a produção de soja e que excluir a soja RR do rótulo de “responsável” tornaria ele (o rótulo) custoso demais. Ela argumentou que a soja “responsável” apenas serviria para dar continuidade para a muito criticada agricultura industrial holandesa. Ela questionou o Ministro de Desenvolvimento e Cooperação, Bert Koenders (do partido Social Democrata), quanto dinheiro é de fato doado ao processo da RTRS e por que a IDH (Initiative Sustainable Trade) está trabalhando para aderir pequenos agricultores da índia nos projetos da RTRS.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:78%;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Hugo Polderman, do Partido Socialista, lembrou os participantes do recém publicado “Nature Balance” - um relatório do governo que concluiu que o consumo de carne deveria ser reduzido. A RTRS deveria então ser chamada de “RTRRS”, disse ele, a Mesa Redonda sobre Soja Roundup Ready - the Round Table on Roundup Ready Soy. Monoculturas de soja de grande escala são intrinsecamente insustentáveis, ele afirmou, e isto não pode ser resolvido com critérios fracos. Estes transgênicos, ele continuou, são desenvolvidos para o aumento de escala e para o maior uso de pesticidas. Lembrando ainda da meta do governo para agrocombustíveis, a demanda só iria aumentar, argumentou ele, então o governo não deveria derramar lágrimas de crocodilo para o desmatamento. Ele disse à Ministra Verburg que, já que ela é quem preside a comissão das Nações Unidas para desenvolvimento sustentável, suas políticas deveriam dar um sinal forte em uma direção diferente. Ele solicitou que o Ministro Koenders analise o que a RTRS fará sobre o êxodo rural em conseqüência da expansão da soja, o bem estar de comunidades, os direitos humanos, a produção local de alimentos, e exatamente quanto de florestas serão salvas e, também, para analisar qual é o apoio que a RTRS realmente tem da sociedade civil. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:78%;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">O social democrata Harm-Evert Waalkens convocou para o acompanhamento crítico do processo da RTRS, mas para continuidade do apoio holandês ao processo. Ele disse que a ênfase deveria ser em iniciativas pequenos fazendeiros e mostrou preocupação sobre a questão de monitoramento e controle no nível local. Ele concordou com a abordagem da RTRS de que os critérios devem ser considerados de maneira separado da questão de transgênicos e não transgênicos. Waalkens apoiou a proposta da Dutch Soy Coalition para instalar um “observatório de commodities” [commodities watchdog], um órgão independente que deveria acompanhar criticamente o processo da RTRS. Ele urgiu que o governo continue apoiando critérios mais fortes como os “critérios Cramer” em processos como a cooperação bilateral holandesa - brasileira em agrocombustíveis. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:78%;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Kees Vendrik (do Partido Verde) perguntou a Waalkens se ele achava que a produção da soja RR poderia ser algum dia sustentável. Waalkens, então, reconheceu que a questão da produção em escala é um problema e que a soja RR facilita o aumento na escada da produção de soja. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:78%;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">O representante da Democracia Cristã disse que os argumentos demonstravam como o problema da soja é muito complicado. Ele, no entanto, lembrou que a RTRS conseguiu mobilizar uma plataforma ampla de stakeholders; e afirmou que este é um processo de pequenos passos que é parte de uma política de múltiplas rastreabilidades. Ele urgiu para um maior apoio as iniciativas de pequena escala, mas também apontou para a dependência de produtores de pequena escala na cadeia da soja. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:78%;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">A representante do Partido Liberal, Janneke Sneijder-Hazelhof, disse que apoiava o processo da RTRS reconhecendo, entretanto, que o resultado do acordo era “muito frágil”. Ela disse que o apoio da sociedade civil ao projeto deveria ser ampliado, e aplaudiu o apoio governamental dado a RTRS. Ela também afirmou que a questão do desmatamento é uma preocupação para os Liberais, e que uma solução poderia ser a substituição parte da soja usada na ração animal novamente com farinha de osso. (O uso de farinha de osso foi banido alguns anos atrás porque levava a doença da vaca louca)</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:78%;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">O membro do Partido Verde, Vendrik, convocou para o fim da agricultura industrial como a verdadeira solução para o problema. Ele se disse chocado pela declaração internacional assinada por mais de 90 organizações e redes que rejeitava a RTRS. Avisou que a RTRS poderia levar a criação de um rótulo “greenwash” para soja insustentável. Ele solicitou aos Ministros presentes por um julgamento dos critérios, das lacunas identificadas e da justificativa do governo Holandês em continuar subsidiando a RTRS. Ele também pediu por garantias de uma cadeia livre de transgênicos.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:78%;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">A Ministra Verburg disse estar feliz com o acordo atingido na RTRS, e que todos os stakeholders foram envolvidos no processo. Ela disse que rejeita fortemente a alegação de que o governo Holandês estaria cooperando com um projeto de “greenwashing” ao apoiar a RTRS. Mas também estressou que o acordo alcançado não era satisfatório como um resultado final. Uma questão que ela abordou foi o preço mais elevado de uma soja “responsável”, que deveria cobrir todos os custos. Ela disse que seria responsabilidade das ONGs contribuir para o aumento da consciência dos consumidores e, por tanto, sua disposição em pagar mais por carne “responsável. Transgênicos, segundo ela, não seria uma questão de “sim ou não” mas de “como”. Monitoramento e controle seriam uma questão dos governos nacionais, disse ela, admitindo implicitamente que monitoramento e controle da implementação dos critérios dificilmente terá sucesso, já que leis nacionais são geralmente pouco significativas em países produtores de soja.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:78%;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Ela anunciou que a RTRS irá criar uma plataforma pública na internet para estimular um debate mais público. Quanto às alternativas, ela comissionou um estudo sobre a viabilidade econômica do cultivo de espécies locais ricas em proteínas, mas que a conclusão foi que “atualmente isto não é viável” para industria intensiva de carne holandesa. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:78%;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">O Ministro Koendes disse que o apoio a RTRS deveria continuar, já que “a regulação internacional é muito lenta”. Para ele, a RTRS é, atualmente, a única maneira de conseguir critérios sustentáveis para a soja, e não deveria ser abandonada tão facilmente. Ele disse que o “direito a terra era crucial”, e por tanto enviou um embaixador especial de direitos humanos ao Brasil para verificar esta questão. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:78%;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Koenders reconheceu que apoio amplo é crucial, e mencionou que recentemente membros da RTRS abandonaram o processo (APROSOJA e FUNDAPAZ). Ele considerou isto interessante e apenas mais uma razão para continuar o apoio a RTRS. Ele também mencionou o apoio dado a atividades de “pequenos fazendeiros” da Índia produzindo soja conforme a RTRS, uma cooperação entre IDH e a Solidaridad. Ele disse que não apoiava a proposta da Dutch Soy Coalition por um “observatório de commodities”, já que considerou que qualquer um poderia ter este papel [“watchdog”]. Ele prometeu ao Partido dos Direitos dos Animais prover o Parlamento com um detalhamento de todos os subsídios do governo gastos com a RTRS.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Novamente vários parlamentares perguntaram a ambos os Ministros se eles consideravam a soja RR (e não transgênicos no geral) como uma produção sustentável. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><span style="font-size:130%;"><strong>O alto preço da soja “responsável”: Qual o papel de Copenhague?</strong></span> </span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Uma das questões no debate foi como a soja “responsável” seria financiada. A Ministra Verburg disse que não via um papel do governo nisso, e que ONGs deveria tomar para si o papel de convencer os consumidores a pagar mais pela carne e produtos de laticínios produzidos a partir de animais alimentados com soja “responsável”. Não está claro, entre tanto, quais organizações na Holanda, além da Solidaridad e WWF, estariam dispostas a assumir este papel com o processo da maneira que está.</span></div><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><div align="justify"><span style="font-size:78%;">.</span><br />Alguns sugeriram que a redução do desmatamento, se um resultado provado da soja “responsável”, poderia ser remunerada com créditos de carbono. Isto, de acordo com a União Cristã, deveria ser uma maneira especifica para apoiar os pequenos produtores.</div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">.</span></div><div align="justify">A Ministra Verburg disse que quando se olha para o impacto ambiental da soja RR, também é necessário olhar “as emissões menores de CO2 devido a menos aragem”, um argumento refletindo o velho lobby de uma década da Monsanto por créditos de carbono para a soja RR. Recentemente, a metodologia MDL foi aprovada para o tratamento de sementes de soja com uma bactéria que alegadamente iria aumentar a capacidade de fixar nitrogênio da soja, supostamente diminuindo a necessidade de se aplicar fertilizantes artificiais, que são muito ruins para o clima. A Monsanto agora anunciou que eles vão aplicar este tratamento (patenteado por Becker Underwood) para toda sua nova geração de soja RR. Este é o primeiro caso onde monoculturas de soja poderiam ser premiadas com subsídios relacionados a mudanças climáticas, demonstrando como perversa a política da ONU para mudanças climáticas se tornou.</div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">.</span></div><div align="justify">O próximo passo seria créditos de carbono para a soja RR em si. Tanto os créditos de carbono quanto o rótulo de “responsável” para a soja RR seriam a realização de um “sonho” para a Monsanto. Não esta clara a extensão da compreensão que os políticos têm disso. </div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">.</span></div><div align="justify">O Ministro Koenders também mencionou que a soja “responsável” deveria ser ligada a Copenhague. Não ficou claro se ele se referia a suposta redução do desmatamento por causa da soja certificada como “responsável”, ou se estava se referindo a questão da soja de “plantio direto”.</div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">.</span></div><div align="justify">Thieme estressou que o “plantio direto” (a tecnologia que permitiria menos aragem do solo para controle de erva daninha, que comumente se atribui como sendo causador de muitas emissões de CO2 do solo) não esta confinada a produção da soja RR e também poderia ser usada na agricultura convencional ou orgânica.</div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">.</span></div><div align="justify">Isto parece ser de pouco conhecimento das tentativas da indústria da soja e biotecnologia de conseguir dinheiro de créditos de carbono e MDL para as sementes resistentes a herbicidas e de “plantio direto”, e em especial, para a soja RR.</div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">.</span></div><div align="justify">A WWF agora também esta pedindo abertamente por créditos de carbono para a soja certificada com base na RTRS. “O desafio agora é encontrar mecanismos para remunerar produtores que protejam florestas e o solo permitindo que eles vendessem carbono junto com sua soja," disse Jason Clay recentemente. “Esta é uma situação de ganha – ganha - ganha. Florestas e solo protegidos, produtores tendo uma fonte adicional de renda, e varejistas e franquias podem agora comprar soja responsável como uma maneira de reduzir sua pegada ecológica de carbono.”</div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">.</span></div><div align="justify">Este debate irá continuar. Provavelmente no debate no parlamento holandês sobre biodiversidade do dia 23 de setembro quando Copenhague esteve na agenda.</div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">.</span></div><div align="justify"><strong>FONTE</strong>: <a href="http://www.corporateeurope.org/agrofuels/content/2009/09/dutch-debate-responsible-soy">Corporate Europe Observatory </a></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">.</span></div><div align="justify"><a href="http://www.lasojamata.org/node/110">Veja aqui a declaração de várias organizações contra os resultados da conferência da RTRS</a></span></div>olhonasempresashttp://www.blogger.com/profile/16523567805719772244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8740889777669644260.post-12397977471070342022009-09-19T06:21:00.000-07:002009-09-28T11:00:12.015-07:00Odebrecht e a compra de veículos "roubados" em Angola<div align="justify"><em><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Países que recém sairam de guerras civis ou ditaduras em geral não costumam ter instituições democráticas fortes e uma comunidade empresarial sólida e que respeite as leis. Este é o caso de Angola, onde notícias costumam aparecer sobre a elite local fraudando negócios e dando calote em empresas de fora do país</span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">.</span></em></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><em></em></span></div><div align="justify"><em><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">O artigo abaixo conta como o filho do general Helder Vieira Dias, chefe de contra inteleigência do ex-presidente Jose Eduardo dos Santos, e sua empresa a Imporchoice. Kopelipa (o filho do general) e seu parceiro de negócios Pedro Spinola seriam responsáveis por um calote de 33 milhões na empresa Sul Africana SuperGruop durante a compra de 448 caminhões. A história é confusa e sórdida e aparentemente até executivos da própria SuperGroup estiveram envolvidos e agora estariam foragidos. A Odebrecht entra na história pela tangente, aparentemente ela comprou 8,7 milhões em veículos da Imporchoice, receptando assim veículos roubados. </span></em></div><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;"><em>A história é bem confusa, não é recomendável sacramentarmos nenhuma conclusão mas com certeza estar envolvido neste tipo de situação não é razoável para uma empresa que deseja ser responsável.</em></span> </div><div align="justify"></div><div align="justify">.</div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><strong><span style="font-size:130%;">ANGOLA: The dark side of doing business</span></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><strong><span style="font-size:130%;"></span></strong>.<br />by Rob Rose, Times South Africa<br />September 17th, 2009</span></div><div align="justify">.</div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">As Angolan leader Jose Eduardo Dos Santos wooed President Jacob Zuma this week, some South African companies are furious at having been fleeced out of cash by doing business with the oil-rich country.</span></div><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><div align="justify"><br />Business Times has affidavits filed by JSE-listed transport company Super Group that accuse relatives of Dos Santos’ political elite of conning it out of 33.1m.</div><div align="justify"><br />This compounds fraud experienced by companies such as Group 5 in Angola, and leaves a question mark over whether they should be seduced by promises of Angolan profit, if contracts can’t be honoured.</div><div align="justify"><br />In Super Group’s case, the son of General Helder Vieira Dias (known as Kopelipa), head of Angolan counterintelligence and military advisor to Dos Santos, has been named as the mastermind of a plot to steal 448 vehicles, worth north of R250-million.</div><div align="justify"><br />Super Group has laid charges with the police and has met with Interpol to get an international arrest warrant issued for Kopelipa’s son, Kopelipa Vieira Dias Jr, and his business partner Pedro Spinola.</div><div align="justify"><br />This stems from a July 2007 deal for Super Group to sell trucks to Angola’s government through Luanda-based Imporchoice. Kopelipa Jr was chief executive of Imporchoice, while Spinola got a 24% commission for brokering the deal.</div><div align="justify"><br />While Super Group was initially paid for delivering 30 trucks, it wasn’t so lucky when it delivered another 350 by boat from China, supposedly for General Kopelipa’s “National Reconstruction Office”. Another 98 vehicles arrived later by land.</div><div align="justify"><br />In an affidavit to police, Super Group’s directors say Kopelipa Jr and Spinola spun a “web of lies and broken promises” to “steal” vehicles. This left Super Group out of pocket to the tune of 33.1-million.<br />The affidavit also details how documents were forged. On November 7, Kopelipa Jr admitted he owed the money and e-mailed from his holiday home in Portugal saying he was ‘‘sending the first of several payments”. He attached a bank transfer document supposedly confirming that 5.4-million had been wired to Super Group. But this turned out to be a crude forgery.</div><div align="justify"><br />One Super Group director told Business Times: “We realised this document wasn’t legitimate, partly because it was dated November 31st, and November in fact has only 30 days”.</div><div align="justify"><br />After a row, Kopelipa Jr washed his hands of the mess on November 21 by selling Imporchoice to Spinola.</div><div align="justify"><br />In his statement, <strong>Super Group’s former CEO Larry Lipschitz says there is proof that Imporchoice was paid 8,7-million for vehicles by Brazilian firm Odebrecht</strong>. Yet Super Group didn’t see a cent. “Neither Kopelipa Jr, Spinola or Imporchoice intended to pay (us),” he says.</div><div align="justify"><br />However, Spinola denies ‘‘robbing” Super Group. He says Super Group lied to ‘‘cover their tracks” and detract attention from its other financial problems.</div><div align="justify"><br />“Trucks were delivered to Angola by Super Group, but the wrong trucks were delivered. We wanted Power Star trucks, but the trucks they delivered were of inferior quality. The clients were prepared to take the trucks as long as modifications were made, but this wasn’t done,” he says.</div><div align="justify"><br />He says payment was then stopped.</div><div align="justify"><br />Spinola says no trucks were stolen. ‘‘Some were delivered to clients with Super Group’s permission, but they weren’t swindled out of any money,” he says</div><div align="justify"><br />Spinola says Kopelipa Jr had to pull out of the deal “ because of the person he is and the family he belongs to”. When contacted, Kopelipa Jr said: ‘‘I’ve got nothing else to say about this.”</div><div align="justify"><br />However, the Specialised Services Group, which investigated the case for Super Group, says it has confirmed that there is already an outstanding warrant of arrest for Spinola in SA dating back to June 2007 over another deal he struck.</div><div align="justify"><br />To get its cash back, Super Group tried to get political help. This week, it sent a letter to Zuma’s office asking for assistance because its “catastrophic” venture “creates a major impediment for other South African businesses in Angola”.</div><div align="justify"><br />Yet trade minister Rob Davies, who was in Angola with Zuma, told Business Times that he had “not been informed of any situation where people have lost investments” in Angola. “We believe the Angolan government has significant regulations in place now for South Africans to have investment security,” he said.</div><div align="justify"><br />In December, Lipschitz wrote to Angola’s justice minister Dr Guilhermina Prata, calling for a probe and saying: “We gave permission for authorities to prosecute Spinola and Kopelipa Jr.”</div><div align="justify"><br />But Prata is understood to be Kopelipa Jr’s mother-in-law, and Super Group could not find Angolan lawyers to represent it.</div><div align="justify"><br />The Angolan fraud almost triggered Super Group’s collapse. On December 12, it announced a R197-million impairment for the Angolan fraud and ‘‘revised” its profit for the year to June down 82% — sparking a 22% plunge in its share price.</div><div align="justify"><br />This prompted ratings agency Fitch to slash Super Group’s credit rating to “junk bond” status five days later, which gave its bankers the option to callup overdraft facilities with only 24 hours’ notice.<br />Now, Super Group needs a R1-billion cash injection to stay afloat, and is weighing up two alternative rescue bids: either from its bankers and shareholders, or a white knight in Kuwaiti company Agility.</div><div align="justify"><br />But Super Group’s disaster in Angola is also partly of its own making.</div><div align="justify"><br />Two former executives — Les Johnston and Warren Thompson — have been blamed for “misleading the board” by saying no trucks would be offloaded in Luanda until cash had been paid. Both are now believed to be in Mauritius.</div><div align="justify"><br />Construction firm Group 5 lost more than R10-million to fraud in 2005, when it found ‘‘irregularities” in the R820-million Nova Vida housing project it had built in Luanda. It has closed its Angolan building arm, but retains an engineering team.</div><div align="justify"><br />"It was very difficult to operate in Angola from a compliance and regulatory perspective,” says Group 5 financial director Cristina Teixeira.</div><div align="justify"><br />One South African businessman, who was part of Zuma’s delegation, says: “Everyone you deal with in government wants something in return.” Another says: ‘‘If you take your eye off the ball for 13 seconds, it’s 12 seconds too long.” — Additional reporting by Paddy Harper</div><div align="justify"></div><div align="justify"><strong>FONTE:</strong> <a href="http://www.corpwatch.org/article.php?id=15445">CorpWatch</a></span></div>olhonasempresashttp://www.blogger.com/profile/16523567805719772244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8740889777669644260.post-50746875216349482992009-09-14T10:55:00.001-07:002009-09-14T20:28:02.342-07:00Grupo Votorantim e o trabalho escravo na cadeia produtiva<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-style: italic;font-family:verdana;" class="Apple-style-span" ><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Por duas vezes nesta semana li sobre empresas do Grupo Votorantim e problemas de trabalho escravo na cadeia. A primeiro foi em uma obra que a Votorantim Energia esta fazendo como parte do PAC (as reportagens dos grandes jornais falaram muito mais das eleições de 2010 que do caso em si, deprimente). A segunda sobre a empresa Citrovita, controlada pelo Grupo, e que domina a produção de suco de laranja. Do Grupo pelo que pude apurar apenas a VCP é signatária do Pacto Nacional Pela Erradicação do Trabalho Escravo</span></span><span style="font-style: italic; font-family: verdana;">. Nos faz pensar sobre o comprometimento real dos controladores com o problema...<br /><br /><br /></span><span style="font-size:130%;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-weight: bold; color: rgb(255, 0, 0);">O MPT resgatou os trabalhadores em condição semelhante à de escravidão nas obras da Usina Salto do Rio Verdinho, no interior de GO. A obra faz parte do PAC</span></span></span><span style="font-style: italic; font-family: verdana;"><span style="font-size:130%;">.</span><br /><br /> <br /></span><span style="font-family: verdana;">08/09/2009 - Ana Maria Amorim, da Radioagência NP<br /><br />O Ministério Público do Trabalho, através de seus fiscais, resgatou 98 trabalhadores em condição semelhante à de escravidão nas obras da Usina Salto do Rio Verdinho, no interior de Goiás. Sob a responsabilidade da Votorantim Energia, a construção faz parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), que tem financiamento de R$ 250 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).<br /><br />Os trabalhadores foram privados de camas e banheiros e não recebiam salários – o trabalho era trocado por comida. Eles trabalhavam para uma empresa terceirizada, a Construtora Lima e Cerávolo, responsável pelo desmate da área da usina. O coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT), José Neto, falou sobre a responsabilidade da Votorantim no caso.<br /><br />“A Votorantim contratou a empresa, então deve ter todas as informações referentes a esta empresa. Se a empresa fere as leis trabalhistas e a dignidade humana, a Votorantim tem que estar ciente disto e fiscalizar, senão a Votorantim se omite e vira cúmplice deste fato.”<br /><br />Para José Neto, o caso serve para desmistificar a ideia de que o uso de trabalho escravo não acontece em construções.<br /><br />“Tem que se descaracterizar que só a cana e plantações de monocultura têm trabalho escravo. Ele existe em outras situações, sempre ligado a grandes produtores ou grandes empresas, como neste caso da Votorantim.”<br /><br />Após a denúncia, a Votorantim pagou as dívidas que possuía com os trabalhadores, que somou um total de R$ 420 mil. Os trabalhadores também foram transportados para as suas cidades de origem. O contrato com a empresa Construtora Lima e Cerávolo foi cancelado.<br /></span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><i><br /></i>FONTE: <a href="http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/nacional/obras-da-votorantim-utilizavam-98-trabalhadores-em-condicao-escrava">Brasil de Fato</a><i><br /><br /><br /></i><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-weight: bold;"><span style="font-size:180%;">O lado azedo do seu doce suco de laranja</span><br /><br /></span></span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">12/09/2009 </span></span>- <span style="font-family: verdana;">Sakamoto</span><br /><br /><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Se a moda pega, será ótimo: o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região confirmou que a empresa de sucos <span style="font-weight: bold;">Citrovita</span> deve ser responsabilizada por conta de uma fazenda que lhe fornecia laranjas não garantir condições de segurança e saúde para as pessoas que lá trabalhavam. Em outras palavras, a decisão do tribunal aponta que a empresa que se beneficia com a exploração do trabalho feita por terceiros também deve ser responder por isso.</span></span><br /><br /><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">É aquela velha história, a gente toma o nosso suquinho de manhã, muitas vezes como naquelas famílias de comercial de margarina, sem nos preocupar com as dores que levaram o produto até a mesa. Esse tipo de decisão aproxima o consumidor de marcas conhecidas, fazendo com que ele possa tomar decisões importantes na hora de comprar.</span></span><br /><br /><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">O Grupo Votorantim controla a Citrovita, detendo 20% do mercado global de suco concentrado de laranja e destacando-se como um dos três maiores produtores mundiais do setor. Exporta 100% da produção para mais de 75 países nos cinco continentes.</span></span><br /><br /><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">A fazenda havia sido multada pelo Ministério do Trabalho e Emprego por não fornecer equipamentos de segurança na colheita. Segundo o site do TRT-15, a relatora, desembargadora Mariane Khayat, afirmou que existe clara evidência de que a indústria não é mera compradora das frutas. Reforça que as grandes empresas de suco são as que diretamente se beneficiam da mão-de-obra dos empregados rurais, em especial dos colhedores de laranja, “o que torna sua responsabilidade pela saúde do trabalhador moralmente incontestável e juridicamente inafastável, de acordo com o princípio da boa-fé objetiva”. Para a desembargadora, é “fato notório, de repercussão nacional, que as empresas de suco na região do cultivo da laranja, historicamente, não pouparam esforços em tentar eximir-se das responsabilidades trabalhistas decorrentes da sua atividade econômica”.</span></span><br /><br /><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">De acordo com ela, a responsabilidade pelo cumprimento das normas de saúde e segurança no trabalho não cabe apenas ao empregador, mas também ao beneficiário final daquela força de trabalho, “o qual, ao fim e ao cabo, se apropria da energia produtiva do trabalhador”.</span></span><br /><br /><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">A empresa agia diretamente na produção, determinando a quantidade de frutas que deveria ser colhida, a hora e o local da colheita, além da maneira como o trabalho deveria ser feito. Por isso, segundo ela, não é necessário que haja uma carteira de trabalho assinada entre a Citrovita e os colhedores de laranja para provar um vínculo. Na prática, ela é responsável sim pela vida daquelas pessoas, pois são “como um elo mais do que necessário ao seu sucesso empresarial”.</span></span><br /><br /><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">O mesmo já aconteceu nos elos entre trabalhadores de carvoarias e usinas siderúrgicas, entre outros setores. O interessante é ver isso confirmado aqui em São Paulo, orgulho do agronegócio nacional.</span></span><br /><br /><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Em 2007, a Citrovita produziu 90 milhões de caixas de laranja, o que corresponde a 330 mil toneladas de suco. Todos os ativos produtivos localizam-se no Estado de São Paulo.Segundo a própria empresa, ela está presente em todas as etapas da produção, desde a formação das mudas nos viveiros até a exportação do suco a granel em navios especialmente equipados para isso.</span></span><br /><br /><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Se isso – o entendimento de que a empresa na ponta da cadeia deve ser responsabilizada legalmente por conta do sofrimento de trabalhadores na outra ponta – fosse estendido para outras cadeias produtivas, sobraria pouca gente para contar história.</span></span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">FONTE: <a href="http://colunistas.ig.com.br/sakamoto/">Blog do Sakamoto</a></span><br /></div><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;font-size:100%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:13px;"><br /></span></span><div><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;font-size:100%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:13px;"><i><br /></i></span></span></div>olhonasempresashttp://www.blogger.com/profile/16523567805719772244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8740889777669644260.post-21562042268379932992009-09-14T10:34:00.000-07:002009-09-14T10:54:54.346-07:00Telefonica e falsas promessas<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:verdana;font-size:13px;"><i>O controle brasileiro sobre as empresas que prestam serviços públicos, sejam concessionárias ou permissionárias, é muito baixo. Além de um maior controle deveriamos exigir mais contrapartidas. Afinal, normalmente trata-se de um ótimo mercado, com infra-estrtura prévia e provavelmente sem concorrentes. Um país sério exigiria muito mais, e num país sério as empresas atenderiam sem (ou quase sem) reclamar.</i></span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;font-size:100%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:13px;"><i><br /></i></span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:x-large;"><br /></span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><div><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FF6600;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">O incrível sumiço de 2 Bilhões de dólares da Telefonica</span></span></b></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size:100%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:13px;"><br /></span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size:100%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:13px;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">A Telefonica tem divulgado aos investidores e na imprensa que investiu no ano de 2008 o montante de US$ 2,00 Bilhões e que em 2009 investirá US$ 2,4 Bilhões, sendo US$ 750 milhões na rede de dados.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">A Associação dos Engenheiros de Telecomunicações entrou em contato direto, e consultou TODOS os fornecedores de equipamento de Telecom com presença no Brasil – todos, americanos, canadenses, franceses, chineses, alemães, etc.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Nenhum deles recebeu qualquer encomenda da Telefonica em 2008 nem em 2009.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Ou seja, os 2 Bilhões de dólares de investimentos da Telefonica sumiram.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Por outro lado, a AET pode constatar que o BNDES emprestou à Telefonica em 2007 cerca de 2 Bilhões de dólares – dinheiro brasileiro que deveria ser usado para o desenvolvimento de Empresas Brasileiras. É bom lembrar que a Telefonica é uma empresa espanhola.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Enviou carta (AET-047/2009) ao Dr. Luciano Coutinho, Presidente do BNDES, solicitando esclarecimentos sobre a aplicação do empréstimo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Mesmo estes 2 Bilhões de dólares do BNDES não se consegue descobrir o que foi feito com eles. (Pelo jeito, o BNDES não verifica onde seu dinheiro é aplicado...).</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">O Presidente da AET, Eng. Ruy Bottesi, em 31/08/2009 encaminhou carta AET-044/09 ao Deputado Eduardo Gomes, Presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados, expressando a preocupação da AET com a falta de informações sobre o destino dos 2 Bilhões de dólares, e quais fornecedores teriam sido contratados para chegar a este valor. A Comissão até agora não se pronunciou.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">No dia 1/9/09 a AET enviou carta AET-045/2009 à Comissão de Valores Mobiliários, CVM, expressando a preocupação da Associação, e pedindo que a CVM averiguasse nos relatórios encaminhados pela Telefonica, se o destino dos 2 Bilhões de dólares está esclarecido. É bom lembrar que a CVM é o órgão que fiscaliza o mercado de ações em bolsa, e zela pela transparência das informações que são prestadas aos investidores. A Telefonica tem obrigação perante o mercado de esclarecer onde aplica seus investimentos, sob a sigla CAPEX (Capital Expenditures, ou Investimentos de Capital).</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">A CVM não sabe onde foi parar este dinheiro, e em conseqüência decidiu investigar a divulgação e execução dos investimentos pela Telefônica. A entidade abriu o processo CVM nº RJ2009/8460 após o recebimento da carta da AET.</span></div></span><div><span class="Apple-style-span" style="font-family:Verdana;font-size:7;color:#CC6600;"><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 78px;font-size:56px;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:85%;color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style=" font-weight: normal; line-height: normal;font-size:10px;"><br /></span></span></b></span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;font-size:100%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:13px;"><span class="Apple-style-span" style=" color: rgb(51, 51, 51); font-family:Verdana;font-size:11px;"><img src="http://4.bp.blogspot.com/_vUiL8uxZrds/Sq6AMN8PdyI/AAAAAAAAAA8/yzxfCXudLmU/s320/Telefonica+teletime.jpg" style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 285px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5381379552143439650" /><div class="post-body entry-content" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.75em; margin-left: 0px; line-height: 1.6em; "><div><span class="Apple-style-span" style="font-size:85%;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:10px;"><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 18px; font-size:11px;"><div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Com o anuncio de parceria internacional entre a Telefonica e a China Telecom, a AET julgou oportuno alertar o Governo da Republica Popular da China sobre os problemas financeiros e operacionais da Telefonica no Brasil, através da carta AET-048/2009. A Telefonica não é um parceiro confiável para a China Telecom pelo menos no Brasil.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Finalmente, em 10 de setembro, a Associação enviou carta ao Sr. Ministro das Comunicações, Helio Costa relatando a série de problemas provocados pela Telefonica no Estado de São Paulo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Até o momento, nenhuma resposta foi recebida nem qualquer ação do Ministério foi divulgada. Para o Sr. Helio Costa, os problemas das Telecomunicações em São Paulo não são do interesse do Ministério das Comunicações, que se dedica mais a promover fusão de empresas, como a Oi com a BrT, que este ano já demitiu mais de 1.500 pessoas. A Telefonica não é problema do Ministério que tem no nome a palavra Comunicações...</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">A imprensa tem recebido cópia das cartas do Eng. Ruy Bottesi (veja abaixo), mas ninguém nas redações considera que o sumiço de 2 Bilhões de dólares seja assunto relevante.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Ainda mais quando é exatamente por não ter investido o suficiente que a rede Banda Larga da Telefonica (Speedy) está em situação precária, tão mal que ate a omissa ANATEL foi forçada a determinar a suspensão das vendas do Speedy.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Para poucas semanas depois liberar de novo, quando a própria AET insistia que o sistema Speedy ainda não está em condições adequadas de funcionamento. Veja abaixo a carta AET 043/2009 dirigida ao Ministro das Comunicações, detalhando os motivos pelos quais o sistema Speedy não devia ter sua comercialização liberada.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Tanto o Ministro como a Anatel ficaram “preocupados” com a ameaça da Telefonica de fazer demissões – não se preocupam com as 1.500 demissões da Oi/BrT, mas ficam assustados com a ameaça de uma empresa de demitir algumas dezenas de funcionários.ini</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Em resumo: A Telefonica tomou emprestado ao Brasil 2 Bilhões de dólares em 2007, ninguém sabe onde usou este dinheiro, sua rede está em frangalhos por falta de investimento e manutenção visando redução drástica de custos para aumentar o lucro, e somente a AET cobra uma explicação.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Está na hora de divulgar este vergonhoso escândalo e de cobrar esclarecimentos dos espanhóis. E mandá-los de volta para casa o mais breve possível. O BNDES devia usar estes 2 Bilhões de dólares como parte de pagamento, e recomprar a Telefonica, colocar suas ações em bolsa e torná-la uma empresa brasileira, com sede no Brasil e decisões sendo tomadas visando os interesses brasileiros, e não os interesses dos espanhóis.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:100%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:13px;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:100%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:13px;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div></div></span></span></span></div></div></span></span></span></div></div><a title="View Cartas AET Telefonica on Scribd" href="http://www.scribd.com/doc/19655455/Cartas-AET-Telefonica" style="margin: 12px auto 6px auto; font-family: Helvetica,Arial,Sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font-size: 14px; line-height: normal; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; -x-system-font: none; display: block; text-decoration: underline;">Cartas AET Telefonica</a> <object codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=9,0,0,0" id="doc_270112462009701" name="doc_270112462009701" classid="clsid:d27cdb6e-ae6d-11cf-96b8-444553540000" align="middle" height="500" width="100%"> <param name="movie" value="http://d.scribd.com/ScribdViewer.swf?document_id=19655455&access_key=key-1bchy8hpqhclzrwvbkyb&page=1&version=1&viewMode="> <param name="quality" value="high"> <param name="play" value="true"> <param name="loop" value="true"> <param name="scale" value="showall"> <param name="wmode" value="opaque"> <param name="devicefont" value="false"> <param name="bgcolor" value="#ffffff"> <param name="menu" value="true"> <param name="allowFullScreen" value="true"> <param name="allowScriptAccess" value="always"> <param name="salign" value=""> <embed src="http://d.scribd.com/ScribdViewer.swf?document_id=19655455&access_key=key-1bchy8hpqhclzrwvbkyb&page=1&version=1&viewMode=" quality="high" pluginspage="http://www.macromedia.com/go/getflashplayer" play="true" loop="true" scale="showall" wmode="opaque" devicefont="false" bgcolor="#ffffff" name="doc_270112462009701_object" menu="true" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always" salign="" type="application/x-shockwave-flash" align="middle" height="500" width="100%"></embed> </object><br /><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br /></span></span><div><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">FONTE: <b><a href="http://virgiliofreire.blogspot.com/">Blog do Vigílio</a></b></span></span></div>olhonasempresashttp://www.blogger.com/profile/16523567805719772244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8740889777669644260.post-42076185993184421232009-09-06T17:33:00.000-07:002009-09-06T18:05:16.221-07:00Eternit e a fraude em estudos sobre Amianto<div align="justify"><span style="font-family:verdana;"><strong>Amianto: Médicos brasileiros passam a perna em canadenses</strong></span></div><br /><div align="justify"><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Atualizado em 29 de agosto de 2009 às 21:59 Publicado em 25 de agosto de 2009 às 10:40</span><br /><br /><em><span style="font-size:85%;">por Conceição Lemes</span></em></span></div><span style="font-family:verdana;"><em><div align="justify"></div><div align="justify"><br /></em>Em setembro de 2008, as revistas Veja, Época e IstoÉ veicularam o informe publicitário “Amianto brasileiro reage às pressões internacionais”. Anunciante, o Instituto Brasileiro do Crisotila (IBC), instituição que patrocina e promove o lobby da indústria do amianto; é seu principal porta-voz. </div><br /><br /><div align="justify">O anúncio de duas páginas propagandeia, entre outras coisas, que: “... as doenças relacionadas ao amianto já foram extintas no Brasil, assim como sarampo e demais endemias....Existem diversos estudos científicos que demonstram que o amianto crisotila, extraído e manipulado com os cuidados necessários, não oferece qualquer risco à saúde no processo de produção nem pelo uso dos seus produtos.......a SAMA Minerações Associadas, com sede em Minaçu, foi avaliada por um grupo de universidades que incluem a USP, a Unicamp e a Unifesp, além de três instituições do Canadá. Ao serem examinados trabalhadores e ex-trabalhadores desde o início das atividades, em 1967, até 1995, ficou demonstrado que, como resultado dos rígidos controles adotados, não houve nenhum registro de doentes entre os admitidos a partir dos anos 80”.</div><br /><div align="justify">As instituições do Canadá são as prestigiosas universidades McGill e Montreal, em Montreal, e British Columbia, em Vancouver.</div><br /><div align="justify">Os nomes constam da apresentação do projeto “Exposição ambiental ao asbesto: avaliação dos riscos e efeitos na saúde” , mais conhecido como “Asbesto Ambiental”. Figuram também os nomes de três pesquisadores:</div><br /><div align="justify">* A médica Margaret Becklake, professora do Departamento de Epidemiologia, Bioestatística e Saúde Ocupacional da McGill University.</div><div align="justify"><br />* O médico Michel Camus, do Ministério da Saúde do Canadá e professor da University of Montreal.</div><div align="justify"><br />* O médico Nestor Müller, professor do Departamento de Radiologia da University of of British Columbia (UBC).</div><br /><br /><div align="justify"></div><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 213px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5378517842174086882" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_vUiL8uxZrds/SqRVexjjDuI/AAAAAAAAAAc/EF_PYRYg8-0/s320/projeto_asbesto__canadenses.jpg" /><br /><p align="justify">Asbesto é sinônimo de amianto. Esse projeto foi apresentado a várias platéias e instituições. Entre elas, a Comissão de Ética para Análise de Projetos de Pesquisa (CAPPesq) da Diretoria Clínica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.</p><p align="justify">Os autores são os médicos Mário Terra Filho, Ericson Bagatin e Luiz Eduardo Nery, respectivamente, professores da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). </p><p align="justify">Na reportagem <a href="http://viomundo.com.br/denuncias/morre-manoel-outra-vitima-do-amianto/">Médicos disseram que Manoel estava bem de saúde. Mas ele tinha câncer no pulmão</a>, publicada em 14 de julho de 2008, o Viomundo denunciou que:<br /></p><p align="justify">1) A indústria brasileira do amianto, por intermédio do IBC, financiou e financia boa parte das pesquisas do amianto dos médicos Mário Terra Filho, Ericson Bagatin e Luiz Eduardo Nery. É deles o estudo, iniciado em 1996 e divulgado em 2000, que concluiu que nenhum trabalhador brasileiro que começou a trabalhar com amianto após 1980 adoeceu. O que não é verdade.</p><p align="justify">2) Terra, Bagatin e Nery omitiram no projeto “Asbesto Ambiental” que boa parte dele seria financiada pelo IBC. O orçamento previsto inicialmente era de 4 milhões de reais. Foi revelado à Comissão de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina da USP apenas 1 milhão de reais do Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento (CNPq). Eles também não repassaram essa informação aos órgãos de fomento à pesquisa científica do País, como já haviam feito no estudo anterior.</p><p align="justify">3) Questionados por esta repórter, patrocinador (IBC) e patrocinados (Mário Terra Filho, coordenador principal) deram valores discrepantes sobre os custos da pesquisa. Após vaivéns, o IBC informou: “Valor total: R$ 2.562.275,00. CNPq: R$ 1.000.000,00. Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de Goiás: R$ 500.000,00. IBC: R$ 1.062.275,00”. 4) Mário Terra Filho, Ericson Bagatin e Luiz Eduardo Nery são os mesmos médicos que, por meio de empresa privada que mantêm em sociedade, participam das Juntas Médicas de Acordos Extrajudiciais com fins de indenização das vítimas pelos danos provocados pela exposição ao amianto.</p><p align="justify">5) Desse modo, Terra, Bagatin e Nery: </p><p align="justify">1) realizam pesquisa sobre o amianto, utilizando suas credenciais acadêmicas; </p><p align="justify">2) fazem diagnóstico de ex-empregados do setor como consultores privados das empresas Eternit e suas subsidiárias, Sama e Precon, em sua clínica particular; </p><p align="justify">3) interferem no valor das indenizações, já que, em função dessa atividade profissional privada, indicam o grau de incapacidade e a classe correspondente no referido Acordo Extrajudicial; </p><p align="justify">4) deixam de registrar os casos confirmados ou suspeitos de doenças relacionadas ao amianto junto à Previdência Social e ao Ministério da Saúde. </p><p align="justify">6) Demonstram conflito flagrante de interesse tanto na relação médico-paciente quanto na realização de suas pesquisas sobre amianto. Ferem a resolução 196/96 da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). A Conep é uma comissão do Conselho Nacional de Saúde. Seu princípio maior é o controle social, a defesa da sociedade. </p><p align="justify">Em agosto de 2008, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), por solicitação da Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto – a Abrea –, instaurou sindicância, para apurar essas graves denúncias.<br /><br /><strong>CANADÁ: ESCÂNDALO, INDIGAÇÃO E COLEGAS FORA DO PROJETO</strong> </p><p align="justify">Em meados de 2009, as denúncias do Viomundo chegaram ao Canadá. “Fiquei horrorizado e escandalizado de ver tudo isso”, indigna-o o médico Colin Soskolne, professor de Epidemiologia da Escola de Saúde Pública da Universidade de Alberta. É o que sentiu a maioria dos pesquisadores, médicos e defensores da saúde pública do país. Liderados pelo respeitado cientista Tim Takaro, professor e diretor associado de pesquisa da Universidade Simon Fraser, enviaram uma carta aos médicos canadenses envolvidos no projeto “Asbesto Ambiental” e pediram para que se desligassem dele. Afinal, estavam “sujando” a imagem do Canadá, onde cidadãos e cidadãs se orgulham de ter um dos melhores índices de desenvolvimento humano e qualidade de vida do planeta.</p><p align="justify">“Preocupou-nos seriamente o fato de pesquisadores e universidades canadenses tomarem parte numa pesquisa tão manchada por graves conflitos de interesse, éticos e outras impropriedades”, condena Kathleen Ruff, uma das signatárias e consultora sênior em Direitos Humanos para o Rideau Institute on International Affairs. “É impensável que universidades canadenses quisessem ter, de alguma forma, seus nomes usados para promover os interesses do lobby do amianto no Brasil e divulgar informações que não correspondem à verdade sobre a fibra comprovadamente cancerígena.”</p><p align="justify">“A conduta do IBC e da indústria brasileira do amianto de disseminar propagandas enganosas é totalmente imoral”, acusa Kathleen. “Afirmar que todas as doenças relacionadas ao amianto foram eliminadas não é verdade. Assim como é inverídico que os produtos com amianto não oferecem qualquer risco à saúde humana”</p><p align="justify">No final de junho, esta repórter enviou email a Becklake, Camus e Müller. Dizia que dispunha de documentos que os citavam como participantes do projeto “Asbesto Ambiental” e fazia vários questionamentos, como: o que achavam da colaboração canadense ser frequentemente citada pelo lobby da indústria brasileira do amianto em publicidade a favor do uso da crisotila (ou amianto branco)? Se eles sabiam que a participação deles era usada pelos pesquisadores brasileiros em entrevistas à mídia e no meio acadêmico para dar respaldo e credibilidade à pesquisa? Se eles tinham conhecimento de que boa parte do projeto era financiada pela indústria brasileira do amianto, via IBC?</p><p align="justify"><strong>MÜLLER: ‘CHOCADO’, ‘NÃO SABIA DO IBC’, ‘CONTRA O AMIANTO’</strong> </p><p align="justify">O médico Nestor Müller, do Departamento de Radiologia da Universidade da British Columbia, respondeu prontamente. Foi o primeiro.</p><p align="justify"><em>Eu fiquei chocado com a informação de que um projeto financiado pelo Instituto Brasileiro do Crisotila lista meu nome como um dos apoiadores internacionais.<br /></em></p><br /><p align="justify"><em>Eu asseguro a você que eu nunca nem soube que tal instituto existia. Eu não quero, de forma alguma, ser associado com um instituto que afirma em seu website que um de seus objetivos é "defender o uso controlado do amianto crisotila”. Eu sou contra o uso do amianto, porque acredito fortemente que se constitui num risco para os trabalhadores e consumidores.</em></p><p align="justify"><em>Meu envolvimento com a pesquisa sobre o amianto no Brasil tem se limitado ao papel de um consultor que interpreta radiografias do tórax e tomografias computadorizadas de alta resolução em trabalhadores expostos ao amianto. Uma boa interpretação destas imagens serve evidentemente para o melhor interesse dos trabalhadores. </em></p><p align="justify"><em>O projeto que eu estive envolvido foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade de São Paulo e teve o apoio e financiamento do Ministério de Minas e Energia do Brasil. Eu nunca solicitei ou recebi nenhum honorário ou recursos por minha participação neste projeto. Eu nunca recebi nenhum dinheiro da indústria do amianto do Canadá ou de seu instituto para realizar pesquisa no Canadá e nunca estive envolvido com nenhuma conferência ou outras atividades promovidas pela indústria do amianto canadense ou seu lobby, o Instituto do Crisotila. </em></p><br /><br /><p align="justify"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 259px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5378519846563620594" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_vUiL8uxZrds/SqRXTcfQJvI/AAAAAAAAAAk/BT05WkbuZH4/s320/e_mail__muller.jpg" /></p></span><br /><br /><br /><span style="font-family:verdana;"><strong>BECKLAKE: ‘NUNCA ESTIVE ENVOLVIDA COM ESTE PROJETO’</strong></span><br /><span style="font-family:verdana;"></span><br /><span style="font-family:verdana;">A médica Margaret Becklake, professora da Universidade McGill, foi a segunda responder ao Viomundo. Atualmente, é responsável pela Unidade de Pesquisa Clínica e Epidemiologia de Doenças Respiratórias do Instituto do Pulmão de Montreal.</span><br /><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Trocamos vários emails. Sua resposta inicial foi concisa. Agradeceu por informar que seu nome estava na pesquisa “Asbesto Ambiental”. Disse que não estava envolvida no estudo. E solicitou que lhe indicasse onde havia referência ao nome dela.</span><br /><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Alguns dias depois veio a prova inequívoca de que realmente não está envolvida nem deu suporte à pesquisa: a mensagem para Marina Júlia de Aquino, presidente executiva IBC, com cópia aparente para a repórter.</span><br /><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 236px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5378520573922256690" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_vUiL8uxZrds/SqRX9yHEJzI/AAAAAAAAAAs/Li0KzzWX-yo/s320/e_mail_margareth.jpg" /><br /><br /><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">Marina de Aquino não confirmou o recebimento nem respondeu para Margaret Backlake. Por precaução, a doutora Margaret enviou cópia da carta às instituições que tiveram acesso à informação de que ela e a sua universidade fariam parte do projeto. Pediu também a Ericson Bagatin e Mário Terra Filho, dois dos três brasileiros envolvidos na pesquisa, que o seu nome e o da McGill fossem retirados de todo e qualquer material do projeto. Afinal, disse-lhes, havia uma “informação claramente inexata e potencialmente enganosa e ela estava tentando corrigir este erro”.</span></p><p align="justify"><strong>‘TERRA, BAGATIN E NERY FORAM PEGOS COM AS CALÇAS NAS MÃOS’</strong></p><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">Michel Camus, da Universidade de Montreal, não respondeu, apesar dos diversos emails que lhe foram enviados, reiterando a solicitação da entrevista. Ele também não respondeu à carta dos colegas canadenses.</span></p><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">Informações levantadas no Google dão pistas do provável motivo. Camus é considerado porta-voz do lobby do amianto no Canadá. Para ele, banir o amianto é “injustificado e irresponsável”; “os riscos atribuídos à crisotila, o tipo usado hoje em dia, são brutalmente exagerados.”</span></p><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">Em português claro: Mário Terra Filho, Ericson Bagatin e Luiz Eduardo Nery passaram a perna em Margaret Backlake e Nestor Müller. Backlake sequer participou do projeto. Müller desligou-se logo após saber a verdade.</span></p><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">“Os acadêmicos brasileiros traíram a confiança da professora Backlake ao usar escondido o nome dela. E com o professor Müller, não foram honestos e transparentes; mentiram para ele”, vai fundo Kathlenn Ruff. “Esconderam-lhe desde que o projeto era financiado pelo IBC até que o objetivo era legitimar a propaganda do ‘uso controlado e seguro’ do amianto. O que é uma falácia.”</span></p><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">“Na verdade, os doutores Mário Terra, Bagatin e Nery foram pegos pelo Viomundo com as calças na mão; com a boca na botija”, afirma a engenheira Fernanda Giannasi, coordenadora da Rede Virtual Cidadã pelo Banimento do Amianto para a América Latina. “Os canadenses eram o talismã que os pesquisadores brasileiros usavam para demonstrar prestígio e chancelar a seriedade e a ética de sua pesquisa. Como o brasileiro sofre da síndrome de vira-lata e acha que tudo que gringo faz é fantástico e correto, Terra, Bagatin e Nery nunca imaginaram que alguém fosse conferir a veracidade do apoio internacional ao projeto. Tampouco que pesquisadores canadenses fossem desmascarar seus ‘pares’”.</span></p><p align="justify"><strong><span style="font-family:verdana;">ESTRATAGEMA DE PESQUISA ANTERIOR. PRÁTICA RECORRENTE?</span></strong></p><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">Não é a primeira vez que esses pesquisadores brasileiros recorrem a expedientes escusos para ludibriar colegas e instituições respeitadas.</span></p><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">De 1996 a 2000, realizaram a pesquisa “Morbidade e Mortalidade entre Trabalhadores Expostos ao Asbesto na Atividade de Mineração, no período de 1940-1996”. Nessa, Ericson Bagatin coordenou e Mário Terra Filho e Luiz Eduardo Nery participaram.</span><br /></p><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">No documento anunciando os resultados do estudo, é dito que o estudo teve apoio internacional do prestigiadíssimo NIOSH, dos Estados Unidos. O NIOSH é o National Institute for Occupational Safety and Health (Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional, correspondente à nossa Fundacentro). O objetivo era legitimar seus trabalhos “científicos” de validade questionável. Só que o nome do NIOSH foi usado Indevidamente.</span></p><br /><p align="justify"><span style="font-family:verdana;"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 265px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5378522936052365602" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_vUiL8uxZrds/SqRaHRuxOSI/AAAAAAAAAA0/KHEnxozjLiQ/s320/resultado_da_pesquisa_1.jpg" /></span></p><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">O médico John E. Parker, professor de Medicina Pulmonar e Cuidados Especiais, representando o NIOSH, desmentiu: O NIOSH não examinou, nem endossou ou apoiou financeiramente o projeto e o relatório deve ser corrigido, de forma a evitar impressões ou interpretações errôneas com relação ao apoio internacional do NIOSH a este projeto sobre amianto e mineração. O documento de Parker foi enviado por fax, em 2000, ao então diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo (Fapesp), o doutor José Fernando Perez. O documento de Parker nunca foi contestado.</span></p><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">Pior. Foi dito inicialmente que essa pesquisa seria financiada só pela Fapesp.<br />“Só que mais de 50% dos recursos foram bancados pela indústria do amianto, o maior interessado em seus resultados”, relembra Fernanda Giannasi, que denunciou o fato em 2000. “Apesar do flagrante conflito de interesse, ficou tudo por isso mesmo. Tudo na maior impunidade! Resultado: Terra, Bagatin e Nery seguiram o mesmo script na pesquisa, a do Asbesto Ambiental, denunciada pelo Viomundo.”</span></p><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">A Fapesp não sabia do financiamento privado. Só tomou conhecimento quando a denúncia veio a público. Perez ligou para o médico Paulo Saldiva, que iria fazer os anátomo-patológicos do estudo. Porém, como estava em seu ano sabático na Universidade de Harvard, Saldiva passou a tarefa para a colega Vera Capellozi. Saldiva é professor titular de Patologia da Faculdade de Medicina da USP e pesquisador da Harvard School Public Health, nos Estados Unidos.</span></p><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">“Eu estava em Boston e o Perez me ligou, perguntando se eu sabia que aquela pesquisa era financiada pela indústria. Eu não sabia”, relembra o médico patologista. “Imediatamente me desliguei do estudo.”</span></p><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">– Mas, professor Saldiva, os doutores Mário Terra, Ericson Bagatin e Luiz Eduardo Nery estão usando uma carta sua, daquela época, para se defender na sindicância do Cremesp. A denúncia, como o senhor sabe, foi feita pela Abrea. Os seus colegas alegam que o seu desligamento foi apenas por causa do ano sabático e não por conta do conflito de interesses da pesquisa. Também que esta repórter mentiu.</span></p><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">– A minha intenção inicial era me afastar apenas temporariamente do estudo por causa do ano sabático. Aí, quando descobri que, além do financiamento da Fapesp , tinha o privado, as coisas mudaram.</span></p><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">– Eles nunca contaram para o senhor que havia financiamento privado?</span></p><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">– Em nenhum momento. Quando voltei ao Brasil, o Ericson Bagatin me procurou para explicar o que havia acontecido. Disse-lhe que discordava da conduta do grupo e que havia conflito de interesses. Na época, sinceramente achei que havia sido uma bobeira deles. Tanto que me propus a ir à Fapesp tentar obter financiamento maior, desde que eles abrissem mão do financiamento privado. A Fapesp recusou. Aí, me desliguei em definitivo.</span></p><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">– Quanto à repórter ter mentido, o que senhor tem a dizer?</span></p><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">– Você disse a verdade. Eu me desliguei do estudo por causa do conflito de interesse.</span></p><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">– Terra, Bagatin e Nery repetiram no projeto Asbesto Ambiental o mesmo esquema. O senhor acha que é também bobeira, como supôs em relação à primeira pesquisa?</span></p><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">– Não. Reincidir no mesmo equívoco não é mais bobeira. Mesmo que a lisura da pesquisa não seja comprometida, não fica bem ter financiamento da indústria num assunto tão polêmico, com interesses gigantescos, como o do amianto. É a mesma coisa que fazer pesquisa de tabagismo financiada pela Souza Cruz. É eticamente incompatível e eu me recuso a participar disso. O amianto é cancerígeno. Eu defendo o banimento total dele no Brasil. </span></p><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">Pelas mesmas razões de Saldiva, Eduardo Algranti, outro renomado cientista brasileiro, se retirou da pesquisa, informando isso à Fapesp; em carta a Bagatin, pediu que seu nome fosse retirado do relatório final. Algranti é doutor em Saúde Pública, pesquisador e pneumologista da Fundacentro, órgão ligado ao Ministério do Trabalho e Emprego.</span></p><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">Por falar em cartas, Terra, Bagatin e Nery também usam, em sua defesa, no Cremesp, correspondências de 2006 de universidades canadenses, para dizer que a pesquisa “Asbesto Ambiental” segue padrões éticos e, por tabela, eles são éticos.</span></p><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">Só que tais cartas não dizem respeito à ética. Como usá-las então para se defender numa sindicância que apura infrações à ética médica, se eles foram absolutamente antiéticos com os doutores Nestor Müller e Margaret Becklake?<br />Aliás, se agem assim com seus pares, o que podem esperar os trabalhadores e ex-empregados que dependem de avaliações e laudos desses médicos para saber se têm doença causada pelo amianto? Prevalece o interesse público ou de seus clientes privados, como a Sama, do grupo Eternit? Como confiar nas pesquisas deles, já que são financiadas em boa parte pela entidade que faz o lobby da indústria do amianto?</span></p><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">Finalmente, perguntamos ao epidemiologista Colin Soskolne, professor da Universidade de Alberta, no Canadá, se há sentido continuar fazendo pesquisas para tentar provar que a crisotila não é tão perigosa, uma vez que já está comprovado que esse tipo amianto é reconhecidamente cancerígeno para os seres humanos e provoca outros tantos danos irreparáveis à saúde.</span></p><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">“Do ponto de vista de saúde e de políticas públicas, fazer mais pesquisas para demonstrar os riscos associados à exposição à crisotila é desperdício de recursos”, foi enfático Soskolne. “Não há nenhuma razão para se acreditar que os pulmões das pessoas dos países em desenvolvimento seriam mais ou menos resistentes aos efeitos da crisotila do que os pulmões dos indivíduos dos países desenvolvidos ou industrializados. Portanto, todo tipo de amianto, inclusive a crisotila, tem de ser banido.”</span> </p><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">FONTE: </span><a href="http://www.viomundo.com.br/denuncias/amianto-medicos-brasileiros-passam-a-perna-em-canadenses/"><span style="font-family:verdana;">Vi o Mundo</span></a><br /><br /><br /><br /></p>olhonasempresashttp://www.blogger.com/profile/16523567805719772244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8740889777669644260.post-47636467150578488792009-09-06T17:13:00.000-07:002009-09-06T17:18:04.873-07:00Vale: 3,3 mil trabalhadores do Canadá estão em greve há cerca de um mês<div align="center"><span style="font-family:verdana;"><strong>Caso canadense é símbolo de novo momento</strong></span></div><div align="center"><strong><span style="font-family:Verdana;"></span></strong></div><div align="left"> </div><div align="left"><em>Leandro Uchoas</em></div><div align="left"> </div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Há muito brasileiro que se orgulha. A segunda maior empresa nacional é também, hoje, a segunda maior mineradora do mundo. Atua nos cinco continentes, do Gabão à China. Em todo o planeta, sua imagem é associada aos principais elementos simbólicos do Brasil, como Carnaval e futebol. No segundo país de maior padrão de riqueza das Américas, o Canadá, a Vale já é a segunda maior empresa privada. Entretanto, sua atuação em terras norte-americanas é um exemplo fabuloso de como a megacorporação brasileira incorpora o mesmo modelo histórico de atuação de seus pares. Após comprar 75,6% da mineradora de níquel Inco em 2006, a transnacional brasileira passou a agir cotidianamente pela redução de direitos trabalhistas canadenses.<br /><br />No dia 13 de julho, os trabalhadores de duas unidades da Vale-Inco entraram em greve. E, em agosto, a unidade da baia de Voisev juntou-se às de Sudbury e Port Calborne. Cerca de 3,3 mil trabalhadores estão parados em protesto contra a sequência de abusos da empresa. Estão ligados ao sindicato United Steel Workers (USW 6500). Pouco antes, a Vale havia anunciado o desejo de eliminar o sistema canadense de participação nos lucros e terceirizar parte da produção. Também havia demitido 250 funcionários e questionado o direito ao seniority – aumento de benefícios proporcionalmente ao tempo de trabalho. Desacostumados a esse tipo de tratamento, os trabalhadores canadenses paralisaram imediatamente todas as atividades.<br /><br />Em 13 de agosto, dois representantes do USW 6500 vieram ao Brasil. Em frente à sede da companhia, no Centro do Rio de Janeiro, Myles Sullivan e Rick Bertrand organizaram um bem-humorado protesto. Um bolo em comemoração ao primeiro mês de greve foi servido aos funcionários da empresa que entravam e saíam do prédio. Talvez pela primeira vez em sua história, o Brasil recebia trabalhadores do chamado Primeiro Mundo em protesto contra a exploração praticada por uma empresa brasileira. Em seguida, foram a Sergipe e Minas Gerais conhecer outras unidades da Vale.<br /><br />Segundo Rick, vice-presidente da USW local, a participação dos lucros é uma conquista histórica dos canadenses. “Permite que os trabalhadores recebam parte dos benefícios advindos de épocas prósperas e que a empresa seja protegida em épocas difíceis”. Os sindicalistas denunciam que, nos últimos dois anos, a Vale aumentou em121% a remuneração de seus seis principais executivos. Em 2008, receberam 33 milhões de dólares. A folha total de pagamento da empresa representaria menos de 10% dos custos no país do norte. Mylles conta que, ao entrar no país, a Vale “prometeu o mundo”. A empresa comprometeu-se com o governo canadense a não demitir em três anos, tendo quebrado a promessa há pouco tempo. O ministro da Indústria local, Tony Clement, veio a público na época defender a atitude da empresa.<br /><br />“A maioria das demissões ocorreu em cargos de gerência. Eles estão concentrando as decisões no Brasil. Fizeram uma oferta para 400 possíveis aposentados. Querem mudar o sistema inteiro de contratação”, denuncia Rick. A Vale já anunciou publicamente que pretende cortar 900 postos de trabalho no mundo, sendo 423 apenas no Canadá. O país é responsável por cerca de 75% do níquel da empresa. O corte em cargos de gerência não ocorre por acaso. A hierarquização da cadeia produtiva e a concentração das decisões no país de origem é uma estratégia de exploração clássica das megacorporações. A medida cria a relação de dependência.<br /><br /><strong>Disputa estratégica</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"><br />Advogado da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Guilherme Zagallo, considera que a Vale quer reproduzir em outros países o modelo nocivo que pratica no Brasil. “Eles pagam baixos salários, muitas vezes abaixo do mercado. Tem uma grande massa de trabalhadores com padrão de sobrevivência muito baixo, dão pouca atenção à saúde e à segurança do trabalhador e têm pouco respeito às comunidades atingidas”, resume. A companhia poderia manter as unidades paradas até meados de setembro, devido à baixa demanda, especialmente do mercado chinês. Eles também têm um caixa forte para enfrentar o período de produção escassa, com 22 bilhões de dólares em ativos de liquidez imediata. A disputa é vista como estratégica por ambos os lados. “Nós achamos que essa batalha é muito importante. Vai durar pelo menos um ano, porque, se ela conseguir derrotar os canadenses, estamos liquidados. Em várias regiões”, explica José Drummond, assessor de Relações Internacionais da CUT.<br /><br />Os trabalhadores canadenses têm tradição de luta. De dimensão nacional, o sindicato paga aos trabalhadores aproximadamente 25% dos seus salários enquanto estão em greve. Já houve greves de nove meses nas regiões, em períodos em que a exploração era bem menos agressiva. “Nós lideramos a indústria de minas no Canadá durante anos. Eles acham que, se conseguirem nos dominar, vai haver um efeito dominó com todos os outros sindicatos”, afirma Rick.<br /><br />Mesmo com a atuação predatória nos países onde atua, a Vale nem sempre tem uma imagem negativa. A empresa trabalha com os elementos culturais brasileiros na venda de sua marca. “As campanhas publicitárias usam nomes conhecidos e queridos pela população. A Vale vende para a sociedade uma imagem falsa, de empresa sustentável, como se fosse possível para uma mineradora de larga escala. É responsável por grandes danos ao meio ambiente”, denuncia Zagallo.<br /><br />Nos dois primeiros anos de atuação no Canadá, a Vale lucrou 4,2 bilhões de dólares. Os lucros são o dobro do que a Inco teve nos dez anos que antecederam sua venda (2,2 bilhões de dólares). Globalmente, a empresa lucrou, apenas em 2008, 13,2 bilhões de dólares, equivalente a mais de quatro vezes o valor pelo qual foi “vendida”, em 1997, no governo Fernando Henrique.<br /><strong><br />No Canadá e no Brasil</strong></span></div><span style="font-family:verdana;"><div align="justify"><br />O sindicato USW aponta algumas diferenças na relação da Vale com os trabalhadores brasileiros e canadenses.<br /><br />- Se demitidos, os trabalhadores canadenses têm layoff (em caso de admissão, são os primeiros a ser chamados).<br />- No Canadá também existe o seniority, aumento dos benefícios proporcionalmente ao tempo de permanência na empresa.<br />- No Canadá não se pode demitir sem justa causa.<br />- No Brasil não se tem direito a unidade sindical na base de trabalho.<br />- No Brasil não existe contratação coletiva.</div><div align="justify"></div><div align="justify">FONTE: <a href="http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/internacional/imperialismo-brasileiro-vale-explora-trabalhadores-no-canada">Agência Brasil de Fato</a></span></div>olhonasempresashttp://www.blogger.com/profile/16523567805719772244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8740889777669644260.post-14685364502057183982009-09-06T17:04:00.000-07:002009-09-06T17:10:16.813-07:00Mato Grosso começa a sentir o efeito do monopólio da Monsanto<a href="http://1.bp.blogspot.com/_vUiL8uxZrds/SqRO6_oPdtI/AAAAAAAAAAU/2NX95d38Rho/s1600-h/soja.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5378510630406813394" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_vUiL8uxZrds/SqRO6_oPdtI/AAAAAAAAAAU/2NX95d38Rho/s400/soja.jpg" /></a><br /><p align="center"><strong><span style="font-family:verdana;">Plantadores de soja do MT tornaram-se reféns da Monsanto, diz produtor </span></strong></p><br /><br /><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">Agricultores do Mato Grosso querem adotar medidas judiciais contra a Monsanto. Eles contestam a forma de cobrança do royalty sobre o uso da soja transgênica da multinacional. A Monsanto detém a patente da única variedade da semente transgênica permitida para comercialização no Brasil, a Roundup Ready (RR). Sua característica é ser tolerante ao herbicida Roundup – feito de glifosato, também produzido pela multinacional.<br /><br />O presidente do Sindicato dos Produtores do município de Sinop (MT), Antonio Galvan, denunciou que a Monsato cobra até três vezes pela sua soja.<br /><br />Segundo Galvan, além de determinar o pedágio a ser pago pela utilização da semente, a Monsanto define o quanto cada saca de semente deve produzir. Por exemplo, um quilo de semente tem que gerar, segundo a empresa, no máximo 74 quilos de soja colhida. Se for produzido mais, é cobrada pela Monsanto uma multa de 2% sobre a colheita.</span></p><br /><p align="justify"><br /><span style="font-family:verdana;">Ainda, se for misturada a soja transgênica com outras variedades de produto, é necessário pagar o royalty por toda a produção, mesmo que parte dela não seja a soja RR.</span></p><br /><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">Galvan disse que depois de plantar a soja da Monsanto, os produtores mato-grossenses se tornaram reféns da empresa.<br /><br />“Somos, porque inclusive declaram [integrantes da Monsanto] abertamente que elas não vão mais investir em pesquisas de soja convencional. Então, eles vão trabalhar só em pesquisa de sojas RR, onde podem aplicar a tecnologia e cobrarem o que bem entenderem. Em pouco tempo, você não terá mais opção. Terá que plantar essa RR querendo ou não querendo.”<br /><br />Apesar de ter liberado a RR, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) já havia alertado sobre o perigo da monopolização do mercado de sementes transgênicas no país.<br />Informações da Radioagência NP, Desirèe Luíse.</span></p><br /><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">Não foi por falta de aviso, nada como o tempo...E o silêncio da mídia corporativa sobre o tema, já presente nas rodas do chamado agronegócio, é ensurdecedor.</span></p><br /><p align="justify"><span style="font-family:verdana;">FONTE: <a href="http://partisanrs.blogspot.com/2009/09/agronegocio-percebeu-que-e-refem-da.html">O</a></span><span style="font-family:verdana;"><a href="http://partisanrs.blogspot.com/2009/09/agronegocio-percebeu-que-e-refem-da.html"> PARTISAN </a></span></p>olhonasempresashttp://www.blogger.com/profile/16523567805719772244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8740889777669644260.post-26128037625603232812009-09-06T13:01:00.000-07:002009-09-06T17:00:31.894-07:00O caso Rhodia<div align="center"><span style="font-family:verdana;"><strong>Breve Histórico</strong></span><br /></div><br /><span style="font-family:verdana;"><br /><div align="justify"><br /><br /><br />1. Em 1965, a empresa Clorogil (subsidiária da multinacional francesa PROGIL)<br />inicia em Cubatão as operações de uma fábrica que produz os pesticidas<br />organoclorados denominados pentaclorofenol e pentaclorofenato de sódio, ambos<br />conhecidos popularmente como pó da China.<br /></div><br /><div align="justify"><br /><br /><br />2. A PROGIL funde-se ao Grupo estatal também francês Rhône-Poulenc em<br />diferentes fases entre 1969 e 1975 (nominalmente em 1972). Em 1982 a Rhône-Poulenc<br />é ainda um sólido grupo estatal, porém em 1986 François Mitterrand inicia<br />o processo de privatização da empresa, finalizado somente em 1993.<br /></div><br /><div align="justify"><br /><br /><br />3. Em 1974, a CLOROGIL S.A. - Indústrias Químicas, ainda tendo como<br />acionista a PROGIL que, por sua vez, agora pertence ao Grupo Rhône-Poulenc,<br />representada no Brasil pela Rhodia S.A., começa a operar a unidade de fabricação<br />de solventes clorados em Cubatão, a saber: o tetracloreto de carbono (CCl4),<br />substância utilizada durante algum tempo em extintores de incêndios,<br />posteriormente proibido devido aos produtos tóxicos mais perigosos que eram<br />formados durante o combate ao incêndio. Também largamente utilizado como matéria<br />prima na fabricação do gás Freon, conhecido por agredir e destruir a camada<br />de ozônio, bloqueadora do raio solar ultravioleta, que tem freqüência de<br />luz que pode causar o câncer de pele, enfermidade que infelizmente está em<br />grande ascendência entre as populações, onde segundo os cientistas, a<br />camada foi mais afetada. E o tetracloroetileno (C2Cl4), comercialmente<br />conhecido como percloroetileno potente desengraxante de metais, principalmente<br />na indústria automobilística e agente na lavagem de roupa a seco em<br />lavanderias. Recentemente, a ACPO se manifestou sobre a consulta pública<br />realizada pela ANVISA, acerca da proibição do uso do percloroetileno em<br />lavanderias. Esta unidade de solventes clorados da Rhodia era denominada<br />“TETRAPER”.<br /></div><br /><div align="justify"><br /><br /><br />Desta fabricação, que operou entre os anos de 1974 e 1993, gerou algo<br />estimado em torno de 20 mil toneladas de resíduos tóxicos compostos de<br />C6Cl6, C4Cl6, C2Cl6, C2Cl4 etc., que foram totalmente dispostos sob o solo ou<br />enterrados. Esta disposição irregular de resíduos, direto no solo leva a se<br />estimar que exista ainda algo superior a 300 mil toneladas de solo<br />contaminado. Os despejos podem ser divididos em três grandes fases, a saber:<br /></div><br /><div align="justify"><br /><br /><br />1ª) Disposição de resíduos tóxicos dentro da fábrica, eram enterrados no<br />morro ao lado dos tanques de estocagem de propeno e na área onde se encontram<br />edificadas as instalações do SINCRE – Sistema de Incineração de Resíduos,<br />nestes locais foram dispostos em cavas abertas até o ano de 1976;<br /></div><br /><div align="justify"><br /><br /><br />2ª) A partir do ano de 1977, até aproximadamente 1981, a empresa já sob<br />controle total do Grupo Rhône- Poulenc, este por sua vez, ainda sob a tutela<br />do Governo Francês, através da subsidiária Rhodia S. A., começa recolher<br />os resíduos tóxicos em caçambas e despejar no meio ambiente a céu aberto,<br />em diversos pontos fora da fábrica. Foram encontrados resíduos tóxicos<br />desde a cidade de Cubatão até a cidade de Itanhaém cerca de 80 Km do ponto<br />de origem, onde era oferecido como adubo, e até hoje pairam dúvidas sobre a<br />existência de outros lixões clandestinos da Rhodia na Baixada Santista, se<br />concretizando como um dos maiores crimes ambientais com este tipo de agente tóxico<br />do nosso planeta.<br /></div><br /><div align="justify"><br /><br /><br />3ª) A partir de 1982 até meados de 1993 os resíduos passaram a ser drenados<br />em tambores de 300 Kg e estocados sobre o mesmo morro de antes, ao lado da<br />estocagem de propeno, estes tambores com o tempo se oxidavam totalmente e o<br />resíduo escorria integralmente para o solo. Sendo que a partir de 1988, os<br />tambores provenientes da produção do TETRAPER, passaram a ser diretamente<br />triturados e incinerados.<br /></div><br /><div align="justify"><br /><br /><br />Ressalta-se que estas substâncias ainda hoje, em 2004, que estão enterradas<br />na fábrica, iniciaram sua degradação dando lugar a outras ainda mais tóxicas,<br />como por exemplo: o cloreto de vinila.<br /></div><br /><div align="justify"><br /><br /><br />4. Em 1976, quando a Rhodia assume definitivamente a razão social de ambas as<br />fábricas, e diante da falta de espaço físico no interior da unidade, inicia<br />clandestinamente o descarte de seus rejeitos tóxicos supramencionados.<br /></div><br /><div align="justify"><br /><br /><br />5. Em 1978, surgem as primeiras denúncias de problemas de saúde nos operários<br />da unidade de produção do pó da China, e a CETESB registra pela primeira<br />vez em seus relatórios os descartes da Rhodia, sem, no entanto, adotar<br />nenhuma medida punitiva.<br /></div><br /><div align="justify"><br /><br /><br />6. Em 1979, as primeiras reportagens denunciam a formação dos lixões químicos<br />pela atitude da empresa, mas não há repercussão pela falta de consciência<br />ambiental da população. Este fato e a omissão da CETESB permitem a<br />continuidade dos despejos clandestinos até o início dos anos 80. Ainda em<br />1979 a unidade de produção do pó da China em Cubatão é definitivamente<br />desativada sob pressão dos operários contaminados nesta fábrica, que<br />conquistam algumas garantias trabalhistas, como estabilidade vitalícia no<br />emprego. Antes disso, dois operários morreram com quadros característicos de<br />intoxicação aguda nos anos de operação da unidade.<br /></div><br /><div align="justify"><br /><br /><br />7. Nos anos de 1982 e 1985, dois fatos começam a mudar o cenário: a<br />consolidação das conquistas trabalhistas dos operários intoxicados na fábrica<br />do pó da china (pentaclorofenol) e o afastamento do contato direto com as<br />substâncias químicas para outra área (o setor administrativo da fábrica do<br />TETRAPER) que se imaginava sem exposição química perigosa; e com a ocupação<br />dos locais de despejo clandestino por populações de baixa renda em virtude<br />da expansão imobiliária na região. Novas denúncias são veiculadas pela<br />imprensa local provocando desta feita um verdadeiro escândalo regional sem<br />paralelos. A empresa somente após tais denúncias cessa totalmente a retirada<br />do lixo tóxico de dentro da fábrica, voltando a confiná-lo precariamente na<br />sua área fabril. O Ministério Público paulista abre procedimentos<br />investigatórios, que confirmam que o solo, as águas superficiais e subterrâneas<br />e a cadeia alimentar (caranguejos, peixes, hortifrutigranjeiros, etc) da região<br />foram contaminados.<br /></div><br /><div align="justify"><br /><br /><br />Por Exemplo: algumas análises foram realizadas tanto na região dos Pilões<br />no município de Cubatão como na Área Continental do município de São<br />Vicente, onde foram encontrados: 23,6 m/Kg (microgramas por quilo) no Cará um<br />peixe da região, 866 m/Kg no chuchu, abundante no pé da escarpa e 980 m/Kg<br />no frango, todos utilizados como alimentos de algumas comunidades naquela região.<br />Nos moradores da região do Quarentenário, também afetada pelo descarte de<br />HCB, no município de São Vicente foram detectados até 4,095 m/L de HCB no<br />soro sanguíneo e até 29,03 m/Kg no leite materno.<br /></div><br /><div align="justify"><br /><br /><br /><em>Nos diz em momento de descontração, um competente sanitarista da Região<br />que: “ao invés de termos chuchu com HCB, tínhamos na verdade HCB sabor<br />chuchu”.</em><br /></div><br /><div align="justify"><br /><br /><br />8. Nos anos seguintes, vários lixões químicos começam a ser encontrados e<br />a Rhodia e a CETESB são denunciadas pelo Ministério Público Estadual (a<br />primeira pelos danos ambientais) em processos judiciais na cidade de São<br />Vicente, a mais atingida pelos despejos. A Rhodia reluta em assumir suas<br />responsabilidades, tentando fazer crer que herdou o problema da Clorogil, sem<br />conhecimento do fato. A Justiça condena a Rhodia a isolar as áreas<br />contaminadas e a remover e incinerar todo o solo contaminado, contrariando a<br />intenção da empresa que era de confinar o material em São Vicente em silos<br />de concreto, proposta que inicialmente provoca indignação nas autoridades da<br />cidade, que temem a perpetuação dos resíduos na mesma. A empresa constrói<br />no terreno de sua fábrica em Cubatão um incinerador que inicia suas<br />atividades em 1986. Enquanto o equipamento estava em construção, uma grande<br />parte do solo afetado retirado das áreas contaminadas é depositado<br />provisoriamente numa "Estação de Espera", projetada para abrigar<br />12.000 toneladas por um período de até 5 anos de utilização (quantidades e<br />prazos que viriam a ser extrapolados). Esta estimativa incorre num erro<br />grosseiro, pois desconsidera que a mistura dos poluentes com o solo<br />multiplicou em várias vezes esta quantidade.<br /></div><br /><div align="justify"><br /><br /><br />9. Ao contrário das recomendações de retirada da população, proposta pela<br />Secretaria de Meio Ambiente (atual Ministério do Meio Ambiente) a omissão<br />das autoridades permite a ocupação desordenada da região, com a convivência<br />próxima da população dos lixões químicos. A Secretaria Estadual da Saúde<br />municipaliza os estudos toxicológicos nos moradores (o chamado de<br />"Projeto Samaritá"), que pouco depois é abandonado pela Prefeitura<br />de São Vicente sem produzir ações efetivas para mitigar o problema de saúde<br />pública. A Rhodia investe numa campanha de marketing asfaltando ruas e<br />urbanizando logradouros públicos nos municípios afetados para melhorar sua<br />imagem junto à opinião pública. Várias entidades locais pedem e recebem<br />doações da multinacional para suas atividades. Prefeituras e Câmaras de<br />vereadores locais cessam as pressões sobre a empresa.<br /></div><br /><div align="justify"><br /><br /><br />10. A CPI PC/Collor instalada no Congresso Nacional descobre que a Rhodia<br />colaborou com o esquema PC, assim como a doação realizada em dinheiro para<br />formação da central Força Sindical, a qual filiou-se o Sindicato dos Químicos<br />de Cubatão, que infelizmente ainda representa os operários contaminados na<br />empresa amplamente divulgado nos Jornais.<br /></div><br /><div align="justify"><br /><br /><br />11. Ainda em 1992, os operários da fábrica de solventes clorados em Cubatão<br />descobrem que, a exemplo dos operários da extinta fábrica de pó da China e<br />das comunidades residentes em Samaritá/SV/SP e Pilões/CBT/SP, também estão<br />intoxicados pelos poluentes da Rhodia – fato comprovado pela presença do<br />hexaclorobenzeno no soro sanguíneo destes operários (que é um agente<br />utilizado como indicador biológico de exposição) - em virtude do ambiente<br />de trabalho estar totalmente contaminado. O Depto. de Medicina Ocupacional da<br />Rhodia sempre omitiu dos operários esta situação, que desconheciam o perigo<br />a que estavam expostos. Os operários denunciam o fato ao MP, que providencia<br />uma inspeção conjunta entre vários órgãos de fiscalização que comprovam<br />a contaminação ambiental do local e o risco iminente à saúde dos operários.<br />Em dezembro deste ano, um outro operário morre com suspeita de intoxicação<br />pelos poluentes da Rhodia.<br /></div><br /><div align="justify"><br /><br /><br />12. Em junho de 1993, em face da contaminação ambiental indiscriminada na área<br />da fábrica a Justiça concede liminar, a pedido do MP Estadual, interditando<br />a fábrica de solventes clorados e o incinerador de resíduos tóxicos<br />(interrompendo assim a queima dos estoques de solo contaminado que não<br />paravam de se acumular na "Estação de Espera"). A Rhodia não<br />contesta a liminar, transparecendo que já tinha intenções de desativar a<br />unidade definitivamente diante de todos estes problemas, pois informações dão<br />conta que durante os últimos anos a empresa Carbocloro comprava toda a produção<br />de solventes da Rhodia. Os operários não podem ser demitidos e (contrariando<br />a intenção da empresa), ficam em licença remunerada por decisão judicial<br />até o esclarecimento dos fatos.<br /></div><br /><div align="justify"><br /><br /><br />13. Com o apoio da ACPO, o MPE em Cubatão já em 1995 celebra um Termo de<br />Ajustamento de Conduta - TAC na Ação Civil que interditou a fábrica (a última<br />das quatro instauradas), que pioneiramente prevê algumas garantias<br />trabalhistas inéditas. Por questões legais, além da Rhodia e do MP, o<br />Sindicato dos Químicos assina o acordo extrajudicial apesar das restrições<br />dos operários à entidade. O TAC é dividido em três capítulos, a saber: I<br />- OBRIGAÇÕES DE CARÁTER AMBIENTAL; II - PRECEITOS RELATIVOS À SAÚDE e III<br />- DISPOSIÇÕES GERAIS.<br /></div><br /><div align="justify"><br /><br /><br />14. Também neste período, em virtude da interrupção da incineração dos<br />estoques de solo contaminado (técnica que começa a sofrer críticas em<br />escala mundial pelos riscos envolvidos na geração de novas e mais perigosas<br />toxinas durante a queima), a Rhodia adota uma nova tentativa de reparação<br />ambiental nos locais dos lixões químicos, inclusive na área da fábrica em<br />Cubatão: implanta processos de remediação nas próprias áreas<br />contaminadas, a partir de técnicas de contenção e filtragem do lençol freático<br />poluído. A CETESB aprova os métodos, mas por declarar falta de maior<br />estrutura concede à empresa o direito de autofiscalizar tais medidas,<br />restringindo seu controle a auditorias ocasionais. Porém em relação à área<br />da fábrica, anos depois a CETESB se convence que a metodologia ali aplicada<br />é insuficiente para atingir os objetivos.<br /></div><br /><div align="justify"><br /><br /><br />Em Itanhaém, nem medidas de contenção são adotadas, apenas a remoção<br />superficial do solo contaminado e sua substituição por solo limpo, seguida<br />de reflorestamento e isolamento precário na superfície. Em São Vicente,<br />onde as autoridades locais inicialmente não admitiam a permanência do solo<br />contaminado na cidade, a empresa passa até mesmo a ser elogiada por alguns<br />vereadores por essa remediação. Na única das quatro Ações Civis Públicas<br />em que a empresa se nega a assinar um TAC (em São Vicente), um juiz local<br />condena a empresa além da remediação ao pagamento de indenização ao Fundo<br />de Direitos Difusos do Estado, em valor superior a oito milhões de reais.<br /></div><br /><div align="justify"><br /><br /><br />15. Em maio de 2001, a ONU celebra em Estocolmo (curiosamente onde se originou<br />o Caso Rhodia a partir da desastrosa posição do governo em 1972) a<br />assinatura por 120 países, inclusive o Brasil, de um Tratado Internacional<br />chamado de "Convenção de Estocolmo sobre POPs", que propõe a<br />eliminação global dos 12 poluentes orgânicos persistentes - POPs<br />considerados mais perigosos ao meio ambiente e à saúde pública, entre eles<br />o hexaclorobenzeno, principal poluente da Rhodia presente nos lixões químicos<br />e diagnosticado no organismo das vítimas da intoxicação. Com apoio do<br />movimento ambientalista internacional, a ACPO é a única ONG brasileira a<br />enviar representante para acompanhar a assinatura do protocolo em Estocolmo,<br />pois o episódio protagonizado pela Rhodia na Baixada Santista é considerado<br />um dos mais graves do mundo envolvendo este tipo de poluição.<br /></div><br /><div align="justify"><br /><br /><br />16. Em janeiro de 2002 a Rhodia anuncia oficialmente através dos meios de<br />comunicação sua "saída definitiva" da região da Baixada<br />Santista, sem oferecer maiores garantias quanto ao cumprimento das obrigações<br />impostas judicialmente perante o imenso passivo sócio-ambiental. A ACPO teme<br />uma possível manobra corporativa da empresa para escapar da responsabilidade,<br />pois é visível a dança do capital da empresa que: em 1993 é totalmente<br />privatizada pelo governo francês; em 2000 é fragmentada sendo que a parte<br />boa e rentável da empresa conhecida como ciência da vida é fundida com a<br />empresa HOESCHT para formação de nova empresa denominada AVENTIS. A parte química<br />(podre) é desmembrada e segue deficitária com a denominação de Rhodia<br />Mundial. A AVENTIS detém 20% das ações da Rhodia Mundial e assim se<br />extingue definitivamente o Grupo Rhône-Poulenc. Recentemente a Rhodia Mundial<br />se vê obrigada a tentar sanar seu déficit operacional e busca reestruturar a<br />empresa deficitária, imprimindo um ritmo alucinado, onde converteram 1,5 bi<br />de Euros de sua dívida em ações e patrocina a venda de vários ativos<br />financeiros, o que poderá levar a empresa à insolvência diante dos enormes<br />passivos ambientais e de saúde pública envolvido. Estes fatos são de<br />conhecimento do Ministério Público Estadual e Federal, onde estamos pedindo<br />atenção especial e medidas de Segurança Jurídica.<br /><br /></span></div><a name="contaminacao"></a><br /><br /><span style="font-family:verdana;"><strong>CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL E MOVIMENTAÇÃO<br />CORPORATIVA</strong></span><br />< <div align="justify"><br /><br /><br /><span style="font-family:verdana;">No Brasil, a Rhodia é outro bom exemplo. Estimá-se que<br />só Cubatão há uma dívida ambiental superior a 2,5 bilhões de Real, que no<br />Brasil pode ser multiplicado se adicionarmos a esta conta a contaminação da<br />Rhodia Paulínia, Rhodia Santo André, Rhodia Rafard, entre outras.<br />Ressalta-se que a fábrica de solventes da Rhodia Cubatão, que causou uma das<br />mais violentas contaminações por Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs) no<br />mundo, operou apenas 19 anos, as duas primeiras operam há mais de 80 anos. É<br />possível que estes problemas tenham gerado os três grandes movimentos<br />corporativos observados, a saber: 1) retirar ou amenizar a responsabilidade<br />direta do Governo Francês; 2) proteger o patrimônio dos acionistas do Grupo<br />Rhonê-Poulenc; 3) repatriar a parte limpa do conglomerado empresarial.</span><br /></div><br /><div align="justify"><br /><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Assim, realizaram a privatização total do Grupo Rhonê-Poulenc<br />em 1993. Após houve a extinção do Grupo no ano de 2000, após a fusão<br />“bem sucedida” realizada com a alemã Hoechst Marion Roussel que deu<br />origem a formação do GRUPO AVENTIS, especializado em ciência da vida. Uma<br />exigência para fusão foi a retirada da área química da Rhodia do pacote<br />(parte podre). Assim, foi criada a Rhodia Mundial que herdou todas as fábricas<br />químicas em nível mundial que apontou no balanço de 2002 um prejuízo de<br />1,3 bilhões de Euros. E por fim, mais um desdobramento (3º fase) da<br />movimentação corporativa iniciada com a Rhodia-Rhonê-Poulenc, informa que<br />agora em 2004 a Aventis (fusão Hoesch+Rhodia) vendeu a parte farmacêutica,<br />altamente lucrativa, para francesa Sanofi-Synthélabo. A nova empresa chama-se<br />Sanofi-Aventis.</span><br /></div><br /><div align="justify"><br /><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Conforme publicado no Planeta Porto Alegre, por Rafael<br />Evangelista, “o governo francês não mediu esforços para contornar a<br />dificuldade. O primeiro-ministro Jean-Pierre Rafarin afirmou textualmente que<br />a encampação da Aventis deveria servir “aos interesses nacionais”. O<br />ministro das Finanças reuniu-se em seguida com os principais executivos da<br />Sanofi e Aventis. "Aconselhou" os primeiros a elevar a oferta<br />inicial de aquisição (de 48 bilhões de euros) e os segundos a aceitá-la.<br />Tinha trunfos para tanto. O sistema público de Saúde da França é um dos<br />maiores consumidores de medicamentos do mundo. Desafiar o Estado é tão<br />arriscado que os próprios dirigentes da Novartis preferiram o silêncio,<br />apesar de flagrantemente passados para trás”. A contra-informação faz com<br />que o grande público não enxergue o movimento corporativo finalizada com a<br />repatriação da atividade química lucrativa e o abandono total da parte<br />problemática frente às pressões ambientais. Muito mais que uma simples saída<br />à</span> <span style="font-family:verdana;">francesa.</span><br /></div><br /><div align="justify"><br /><br /><br /><span style="font-family:Verdana;">FONTE: <a href="http://www.acpo.org.br/caso_rhodia.htm">http://www.acpo.org.br/caso_rhodia.htm</a></span><br /></div>olhonasempresashttp://www.blogger.com/profile/16523567805719772244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8740889777669644260.post-59420125192991970782009-09-06T12:48:00.000-07:002009-09-06T13:01:08.238-07:00Coca-cola e fornecedora Garfor condenadas por prática de trabalho "indescente"<div align="justify"><br /><span style="font-family:verdana;">Por desrespeitar os direitos do motorista Adilson Barcelos Almeida, a Coca-Cola do Brasil e a transportadora Gafor Ltda. foram condenadas pela 3ª Vara do Trabalho de Jundiaí a pagar ao trabalhador todas as horas extras e as diferenças salariais pela não integração dos adicionais de produtividade. Também deverá quitar os honorários advocatícios (cerca de 20% do valor da condenação). A sentença foi dada pelo juiz Jorge Luiz Souto Maior.</span></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:verdana;">Adilson, contratado por uma empresa terceirizada da Coca-Cola, a transportadora Gafor, trabalhava, em média, 18 horas por dia, praticamente sem descansar (o caso é dos anos 1990).“Ela (Coca Cola) é responsável solidariamente. Na medida em que responde à atividade fim”, explica o advogado trabalhista Magnus Facatti. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"><br /></div></span><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Na sentença, o juiz considerou a defesa das empresas como sendo “social e juridicamente irresponsáveis”. Segundo o juiz Souto Maior, ambas, Gafor e Spal (nome jurídico da Coca-Cola no Brasil), citaram a ausência de controle de jornada dos motoristas do transporte de cargas como justificativa para não pagar as horas extras e os demais direitos aos motoristas, como se não exigissem e controlassem os horários de entrega da produção. </span></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Adilson revelou ao juiz que trabalhava das 5h30 às 24h00, de segunda à sexta-feira, e das 5h30 às 22h00, aos sábados, com apenas 20 minutos de intervalo para refeição e descanso. “Existe uma limitação constitucional em relação a horas trabalhadas e, na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), há o artigo 61, que limita uma jornada de 10 horas, mais duas horas extras”, elucida Facatti. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"><br /></div></span><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Pelo dano social, a Coca-Cola foi condenada a pagar o equivalente a 30% do lucro obtido durante a “Semana otimismo que transforma”, de 17 a 23 de maio de 2009, que será revertida ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos. </span></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"><strong>Socialmente irresponsável</strong> </span></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Na declaração judicial, Jorge Luiz Souto Maior analisou a exploração da imagem da profissão de motorista em uma recente peça publicitária da Coca-Cola e a propaganda enganosa da auto-promoção da empresa como socialmente responsável, por causa da campanha “Otimismo que transforma”.</span></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:verdana;">Em relação à propaganda que circulava na internet e na televisão até o mês de maio, uma criança se diz orgulhosa pelo fato de seu pai dirigir um caminhão da Coca-Cola, “levando alegria para as pessoas”. Entretanto, Souto Maior pontua, na sentença, que “é preciso que a propaganda esteja em conformidade com a realidade”.</span></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:verdana;">“Quem conhece o modo como os produtos da 2ª reclamada (Coca-Cola) são, de fato, transportados para os pontos de venda se sente agredido pela propaganda em questão”, inicia uma das partes mais críticas da sentença. Na continuação, Souto Maior se coloca no lugar de uma criança, do filho que vê seu pai trabalhar dia e noite, sem parar: “‘Meu pai dirige um caminhão da Gafor, que traz o nome Coca-Cola. Pode até ser que ele leve alegria para alguém, mas o faz à custa de sua própria saúde. Todo dia ele chega tarde em casa porque faz inúmeras horas extras e tanto a Gafor quanto a Coca-cola não lhe pagam essas horas’”. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"><br /></div></span><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Na voz do filho de um motorista da Gafor, o juiz despe a Coca-Cola ao cruzar a concepção que a empresa tem do que seja “responsabilidade social” contrapondo a realidade de seu trabalhador terceirizado.“A Coca-Cola diz que se preocupa com a alegria dos outros e com a sustentabilidade do planeta, mas ela despreza os direitos do meu pai e também os meus, pois, para sobreviver, diante dos padrões de trabalho exigidos pela Coca-Cola, passo dias e até semanas sem ver o meu pai, que trabalhava das 5 às 24h” ou “meu pai dirige um caminhão da Coca-Cola, que pena! Ele leva alegria para os outros e tristeza para dentro de nossa casa”, conclui o menino, quer dizer, Souto Maior. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"><br /></div></span><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Na sentença, o juiz da 3ª Vara do Trabalho de Jundiaí atesta que “a propaganda enganosa, que obscurece o dado concreto de uma exploração do trabalho sem o respeito aos direitos sociais, é, portanto, uma agressão a toda sociedade.” </span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"><br /></div></span><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Os motoristas da Coca-Cola, segundo a propaganda da empresa, distribuem felicidade, mas são terceirizados. “A terceirização se alastra por conta da ineficácia que se atribui às normas jurídicas de proteção social existentes. Bem aplicadas, a terceirização não existiria ou existindo, como fenômeno administrativo inevitável (segundo dizem alguns), não geraria os efeitos jurídicos hoje aplicados”, pondera Souto Maior, ao Brasil de Fato. (Leia mais na edição 339 do Brasil de Fato)</span></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">FONTE: </span><a href="http://www.brasildefato.com.br/"><span style="font-family:verdana;">www.brasildefato.com.br</span></a></div>olhonasempresashttp://www.blogger.com/profile/16523567805719772244noreply@blogger.com0