quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Ranking das melhores e PIORES empresas americanas com relação ao Meio Ambiente


Tons de Verde


Por Phil Matera do DirtyDiggersDigest


*esta é uma tradução livre do inglês, o link para o original esta ao final




Michael Moore talvez esteja em todos os programas de entrevistas nos próximos dias promovendo seu novo filme sobre os maus do capitalismo, mas em outro lugar na mídia tradicional a celebração das grandes empresas continua aceleradamente. Especialmente com relação ao meio ambiente, nós somos levados a acreditar que grandes corporações são a vanguarda do pensamento esclarecido.


Esta é a mensagem implícita da capa do último número da revista Newsweek, a qual esta recheada com folhas para promover seu número sobre “As grandes empresas mais verdes da América: um ranking exclusivo - The Greenest Big Companies in America: An Exclusive Ranking”[Nota do tradutor: América aqui refere-se aos EUA]. A lista em si, entretanto, tem mais validade que os exercícios deste tipo usualmente feitos, que tendem a valorizar demais o “greenwash” corporativo.


O ranking da Newsweek é baseado no que parece ser dados sólidos da KLD Research & Analytics, que produziu o bem conceituado (mas caro) plataforma SOCRATES de investimento social, junto com a Trucost e a CorporateRegister.com. Cada companhia no S&P 500 é ranqueada nos seus impactos ambientais, suas políticas ambientais, e sua reputação dentre profissionais do meio da responsabilidade social corporativa, acadêmicos e outros especialistas ambientais. A avaliação ainda leva em conta as infrações regulatórias, processos judiciais e impactos comunitários das companhias.


De maneira não surpreendente, aquelas no topo da lista são as empresas de alta tecnologia – como HP (1, Dell (2), Intel (4), IBM (5) e Cisco System (12) – as quais nunca tiveram os mesmos problemas das antiquadas industrias de linha, e que em muitos casos se tornaram “mais limpas” por terceirizar suas atividades de produção para outros países. Dell, em particular, está no processo de se tornar uma empresa vazia vendendo suas fábricas.


Mais interessante é que o suposto pioneiro da sustentabilidade Wal-Mart ficou colocado em 59º, atrás de antiquadas indústrias de linha como a United Technologies e a Owens Corning. A Whole Foods Market, fornecedor de produtos orgânicos encarecidos, esta ainda mais baixo na posição número 67. A gigante de petróleo Chevron, que urge o público a se juntar a ela no seu suposto compromisso com eficiência energética, esta ranqueada no 371º lugar, não muito melhor que a tradicional negadora do aquecimento global a ExxonMobil (em 395).


Já que a lista da Newsweek cobre inteiramente o S&P 500, nós também podemos observar o grupo que provavelmente é o mais interessante de todos, aquelas empresas pior ranqueadas. O mal que estas empresas – especialmente aquelas como a American Electric Power e a Souther Company que possuem muitas usinas de energia que operam a partir de combustíveis fósseis – fazem ao meio ambiente ultrapassa em muito qualquer bem feito por aquelas empresas que estão no topo da lista. Também entre os retardatários estão as gigantes do agronegócio: Monsanto (nº 485), Archer Daniels Midland (nº 486), Bunge (nº 493) e ConAgra Foods (n º497).


Mas uma menção especial deve ser dada para a absolutamente pior de todas as empresas listadas: a gigante da mineração Peabody Energy. Numa escala de 0 a 100, presumivelmente refletindo sua dedicação exclusiva ao carvão, grande destruidor climático, e seu apoio aos grupos que lutam contra a lei de mudanças climáticas no congresso americano.


A Newsweek merece crédito por ter desenvolvido uma avaliação séria do desempenho ambiental corporativo. A versão eletrônica tem uma divertida barra lateral sobre falsidade verdes. Esta revista poderia ter facilmente invertido a ordem da lista e alterado sua manchete para: “Os Maiores Culpados Ambientais da America Corporativa”.



0 comentários: